Criada em Taguatinga, a jovem atriz Camila Márdila, em três semanas, será o talismã de Brasília na corrida pelo Kikito no 43; Festival de Cinema de Gramado. Depois de ter brilhado em Sundance, Márdila intermediará boa fatia da representação candanga em Gramado. Tanto O outro lado do paraíso quanto Que horas ela volta? trazem Camila em cena, numa safra de Gramado que se completa com locações brasilienses vistas nos longas O último Cine Drive-in e O fim e os meios, todos selecionados para o evento gaúcho.
;A Brasília de O último Cine Drive-in é a dos dias atuais, mas com um tom de anacronismo e nostalgia. Ao contrário de muitas produções sobre a cidade, que contam a história daqueles que para cá vieram na construção, o nosso filme trata da volta de um brasiliense que, depois de viver alguns anos distante, retorna à cidade natal. Brasília já tem idade para esse tipo de histórias;, destaca o diretor Iberê Carvalho. Ele conta que explorou, na imagem, os grandes horizontes, espaços abertos e indivíduos isolados circulando na capital. ;Não servem como um retrato da cidade, mas auxiliam a contar a trama;, esclarece.
O cineasta, influenciado por autores como Wim Wenders e Giuseppe Tornatore, não deixa de lado a menção da latinidade, em diálogo com o cinema do uruguaio Pablo Stoll. Na estrada, até o momento, o reconhecimento tem exposto Brasília a mercados amplos, com passagens do filme pelos festivais internacionais de Punta del Este (Uruguai), Cine Las Americas (Estados Unidos) e Beijing (China), além do Festival do Rio de 2014.
[SAIBAMAIS];Em todos esses festivais foi fantástica a recepção, tanto de público quanto de crítica. Espero que em Gramado não seja diferente;, comenta Iberê. Ele vincula a maior circulação da fita ao aumento no número de produções locais. ;A regularidade da criação de longas possibilita a construção de cinematografia com características próprias;, opina.
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