;Os seis longas selecionados estão absolutamente inéditos. São filmes que saíram do forno, agora;, demarca o cineasta Renato Barbieri, um dos integrantes da comissão de seleção do 48; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ao lado de Barbieri, o secretário de Cultura e presidente do festival, Guilherme Reis, comemorou o ;poder de atração; do evento que teve quase 600 produções inscritas. Privilegiando ;pensamentos fílmicos originais;, entre 130 longas, seis títulos foram escolhidos: na seleção há retornos como os de cineastas do porte de Claudio Assis (Big Jato) e de Roberto Gervitz (Prova de coragem), além de estreias (descontados os curtas) de cineastas como Alan Minas, Cristiano Burlan e Aly Muritiba.
[SAIBAMAIS]Com temporadas por Brasília, ao final de 1992 e na cidade desde 1996, o diretor nascido inglês John Howard Szerman entrará na disputa pelo troféu Candango, à frente do filme representante do DF: Santoro ; O homem e sua música. Gis;le Santoro, que detém os direitos autorais do marido (morto em 1989), o maestro Claudio Santoro, foi quem zelou pela realização. ;Ela cuida pessoalmente de toda a obra dele. Gis;le percebeu uma queda nas solicitações externas por partituras, e achou que ele estava entrando em certo esquecimento;, comenta o diretor que, entre outras empreitadas, foi editor do celebrado Documento Especial (programa da extinta Rede Manchete).
John Szerman conta que deu início ao projeto, em 2010. Foram três dias de entrevistas com Gis;le, para a base do roteiro. Do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), R$ 300 mil deram suporte à obra (complementares R$ 150 mil foram recursos pessoais). ;No filme, temos entrevistas dadas à imprensa da época e que foram apagadas, mas conseguimos o resgate, por meios como as fitas VHS;, adianta. Uma musicóloga amiga de Santoro, que havia apostado na vida e obra do compositor para registro de livro, cedeu 15 horas de material (entrevistas) que também deram base ao roteiro.
Classe média
Ao longo de oito dias (entre 15 e 22 de setembro), seis longas e 12 curtas e médias-metragens disputarão R$ 340 mil em prêmios oficiais (contabilizados os do júri popular). Ainda com relação aos longas elencados, o diretor Renato Barbieri observa: ;Buscamos refletir o vigor do cinema brasileiro. O que nos orientou foi a diversidade. A política do audiovisual está resultando em produtos diferenciados. Estão mudados perfis de criação no cinema: metade dos filmes nacionais já são sobre a classe média ; o que era privilégio antes de cinematografias como a argentina;.
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