Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Artistas de Brasília ganham o mundo com múltiplas técnicas e referências

Para além da temática das formas sinuosas da arquitetura, os artistas adquiriram sensibilidade para trabalhar com técnicas como colagem, pintura, gravura e desenho

Independentemente do traço, da técnica, de cores e formas, a ilustração não é somente a imagem que acompanha o texto, mas representa a fantasia, a imaginação e a interpretação do artista. Em muitos casos, ela é o aspecto principal de uma obra. Brasília é a casa de alguns dos principais artistas da ilustração do país. O brasiliense Roger Mello, por exemplo, é o primeiro ilustrador brasileiro a ganhar o cobiçado prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantojuvenil. Ainda há na cidade nomes como Jô Oliveira, cujo traço forte é marca registrada das ilustrações que compõem obras literárias, como os Contos da tia Totonha, de José Lins do Rego.

Ilustrador do Correio, Fernando Lopes também é um dos nomes que se destaca entre os mestres do traço da capital. Lopes já fez até homenagem ao papa Francisco, quando foi convidado pelos Correios para apresentar um selo com a imagem do pontífice.

O papa, porém, não foi o primeiro a ser retratado nos selos de Fernando Lopes, que homenageou Ayrton Sena, quando o piloto morreu, em 1994. Além disso, ilustrou figuras da literatura brasileira, como Graciliano Ramos, Jorge Amado, Mário de Andrade, Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade.

[SAIBAMAIS]

Alguns artistas da nova geração de ilustradores de Brasília fazem parte de coletivos, trabalham e montam exposições juntos. Adquiriram, ao longo da formação, a sensibilidade para lidar com diversas técnicas, como colagem, pintura, gravura e desenho. O Diversão elencou alguns ilustradores que levam o nome de Brasília a outras cidades do Brasil e do mundo.


João Teófilo
Ele se diz brasiliense por usucapião. Arquiteto de formação e bacharelando em artes visuais, ambos pela Universidade de Brasília, João é ilustrador e artista plástico. Sua pesquisa principal se concentra na fragmentação do sujeito contemporâneo e se materializa em trabalhos de pintura, gravura, aquarela e desenho. Desde 2008, integra exposições em várias cidades do Brasil. Em 2011, foi selecionado para participar do projeto Rumos do Itaú Cultural. Em 2012, ficou em primeiro lugar no Prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake. Em 2014, foi indicado pela segunda vez ao Prêmio Pipa Investidor de Arte.


Roger Mello
Ele é o primeiro ilustrador brasileiro a ganhar o Nobel da literatura infantojuvenil. O reconhecimento internacional com o prêmio Hans Christian Andersen expôs o artista para quem ainda não o conhecia. Desenhista compulsivo desde a infância e inventor de suas próprias histórias, Mello costuma dizer que não escolheu a ilustração, mas foi escolhido por ela. ;Sempre fui apaixonado por desenho, pela imagem sequencial, pela narrativa, com todo o mistério que ela traz;, conta.

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