Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Grupo Donas da Rima questiona o lugar da mulher no hip-hop

Dez mulheres fazem parte do coletivo criado para retratar a cultura do rap e hip-hop no DF e Entorno


No papel desde 2012, o projeto Donas da Rima só começou a se concretizar em 2013. O projeto, que começou da necessidade de registrar e divulgar a atuação feminina dentro do cenário do hip-hop do Distrito Federal e do Entorno, deflagrou uma militância dentro do próprio rap, do cenário cultural da região e ganhou visibilidade em estados do país. Dez mulheres e uma equipe de audiovisual encontraram nas rimas um ponto em comum para abrir inúmeras portas e, quem sabe, deixá-las abertas para outros grupos do gênero.

Julyana Duarte, produtora e idealizadora do projeto, conta que, no início, o objetivo da proposta era apenas a gravação de um DVD com videoclipes de mulheres rappers do DF e do Entorno. ;Eu já trabalhava com audiovisual desde 2007, fazendo clipes de grupos de hip-hop e cobertura de eventos do estilo;, conta.

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Julyana faz parte de um coletivo de audiovisual que, desde seu início, sempre esteve envolvido com a cultura do rap e do hip-hop. Com o engajamento na questão de gênero, a representatividade das mulheres nos espaços e, especialmente, na cultura, Julyana acabou percebendo que o número de trabalhos realizados com mulheres da cena era quase inexistente. A partir daí, decidiu iniciar um projeto focado na representação feminina dentro do estilo.

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As audições para o DVD, realizadas em março de 2013, receberam dezenas de rappers e grupos de rap formados exclusivamente por mulheres. Dez foram selecionadas para compor o DVD Donas da Rima, mas a recepção ao trabalho foi tão boa que o trabalho não se encerrou nos videoclipes. O que estava planejado para ser um registro audiovisual de algumas mulheres presentes na cena hip-hop acabou se desdobrando em múltiplas frentes de atuação.

Hoje, o Donas da Rima se tornou muito mais um coletivo do que um projeto restrito a produto final. ;Apesar de todos os problemas, questionamentos e da falta de espaço para as mulheres, o projeto foi muito bem recebido;, explica. ;Quando a gente está em um número grande de mulheres, fica mais fácil fazer essa ponte.;

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