A diversidade das cores caribenhas poderia justificar, por si só, elementos e inspiração para a criação artística em Cuba. No entanto, o desenvolvimento das artes visuais no país também gira em torno de uma forte crítica social e política, além de se nutrir da influência de outros países. A versatilidade colhida em diferentes referências, aliás, é o que unifica a arte cubana. Um pouco disso pode ser visto na mostra do projeto cultural da Câmara dos Deputados Viva a arte viva, em cartaz de segunda a 17 de setembro.
Um conjunto de 32 obras, de 14 artistas da nação-ilha mais populosa do Caribe, aborda os diferentes pontos de vista do panorama artístico do país. São pinturas trabalhadas em técnicas como acrílico, mista e obra sobre tela e em aquarela, nas quais os artistas apresentam composições em realismo impactante, figuração e abstracionismo.
O diálogo entre Brasil e Cuba é o mote da exposição, que faz parte de um projeto cultural e educativo Viva a arte viva, que pretende aproximar ainda mais os laços entre os dois países. Escolas do Distrito Federal e artistas da capital interagem com a arte de países de língua portuguesa, da América Latina e do Caribe. Os artistas residentes em Brasília Adriana Marques, Clarice Gonçalves, Darlan Rosa, Dulce Schunck, Glenio Lima, Josafá Neves, Tarciso Viriato e Tiago Botelho estiveram em Cuba para apresentar trabalhos na 12; Bienal de Havana, em maio deste ano. Além de expor trabalhos, os oito artistas participaram de oficina com grupo de alunos com idades entre oito e nove anos, quando falaram dos próprios trabalhos e conceitos.
Adriana, que está entre os nomes mais representativos da arte contemporânea brasiliense, avalia que a participação foi produtiva. ;Fizemos contatos com artistas e curadores. Além disso, pude conhecer conheci ateliês e fazer aula de gravura. Havana é uma cidade muito diferente de Brasília, visualmente. Eu trouxe fotos de lá e estou trabalhando em cima delas em um novo projeto.;
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