A banda de rock brasiliense Dona Cislene se apresentará hoje para o lançamento do single Ilha. O clipe, que conta com participação de Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, e de Digão, dos Raimundos, passa por diversas locações de Brasília, em uma música que busca homenagear a cidade. Passeando em um caminhão com paredes transparentes, o grupo da nova geração do rock da capital mostra vigor nos instrumentos e apropriação de uma linguagem pop na composição das letras.
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Formada pro amigos de longa data ; apesar de todos membros estarem na casa dos 20 anos ;, a banda já tem seis anos de estrada. Desde o meio de 2014, os meninos da Dona Cislene resolveram que era hora de se dedicar exclusivamente à carreira musical. O baterista Paulo Sampaio aponta que se dividir com outras tarefas estava ficando inviável. ;Às vezes, viajávamos em uma quarta-feira e só voltávamos no fim de semana, não tem como se comprometer em ter um trabalho com essa rotina. Atualmente, vivemos dia e noite para a banda, acordamos e dormimos pensando nisso;, comenta o mais jovem, com 21 anos.
Quando questionados sobre as influências da banda, diferentes estilos do rock aparecem no discurso. Nomes clássicos como Led Zeppelin, AC/DC até chegar em um período mais recente com Foo Fighters, inclusive Karol Conká, como ressaltou o baixista Pedro Piauí, demonstrando que bebem de outras fontes além do estilo da Dona Cislene.
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;Estamos sempre trocando referências, isso ajuda muito. Se escuto algo que outro membro não conhece, nós compartilhamos essa informação. Além disso, os arranjos são muito livres, cada um consegue inserir a própria cara dentro da música. Não damos muito pitaco na criação do outro, a menos que se faça muito necessário;, complementa.
Em busca de uma sonoridade que dialogue com cada vez mais pessoas, Bruno Alpino, vocalista, guitarrista e compositor, afirma que que a ideia é fazer um rock popular. ;Queremos que todos escutem, que possa dialogar com o máximo de pessoas possível. Pop não é algo ruim, pop significa popular;..
O vocalista ainda comenta que, apesar de ainda existirem dificuldades na cena autoral de Brasília, como casas de show sem estrutura adequada, a Dona Cislene tem conseguido driblar a maioria dos entraves realizando a própria produção dos shows.
Guilherme de Bem, guitarrista, defende que é preciso um engajamento maior das bandas na própria produção, a fim de consolidar o trabalho e abrir portas. ;O trabalho não vai aparecer do nada. Você o cria. Os donos das casas de show de Brasília são rockeiros, querem apoiar a cena local. O que precisa ser feito é consolidar a própria banda com estrutura, atrativos para o público, lançar músicas novas;.
[SAIBAMAIS]Ele recorda que o disco da banda, Um brinde aos loucos, lançado em 2014, foi completamente bancado por meio de um sistema de financiamento coletivo. ;Tem que fazer acontecer;, reforça.
Ilha
Doka Beach Club (SHTN, Trecho 1). Hoje, a partir das 17h. Apresentação da banda Dona Cislene e dos grupos Verônica não veio, MDNGHT MDNGHT; discotecagem dos DJS New Chicks on the block e Will de Brito. Ingressos: R$ 25 (antecipado) e R$ 30 (no dia do evento). Não recomendado a menores de 16 anos.