Diversão e Arte

Movimento provocado pelo Cena Contemporânea não reflete o restante do ano

Plateias lotadas e interesse por teatro parecem dar as caras somente durante o evento

postado em 23/08/2015 07:32
Apresentação lotada durante o Cena: contrastes

No ano passado, 12 mil espectadores assistiram aos espetáculos do Cena Contemporânea, mesmo sem contar com espaços de grande porte, como o Teatro Nacional. Não há praticamente ingressos para este ano. São poucas as sessões ainda com entradas disponíveis.

Na abertura do festival, na última terça-feira, uma multidão lotou a Sala Plínio Marcos, na Funarte. Muitos foram embora sem conseguir conferir o espetáculo E se elas fossem pra Moscou?, mesmo com apresentações em dois horários. Enquanto isso, uma pesquisa recém-divulgada da Codeplan afirma que, em todo o Varjão, por exemplo, seis pessoas (exatamente seis pessoas) nunca pisaram em um teatro na vida. Hoje, 10 mil pessoas moram no Varjão.

[SAIBAMAIS]
Ficam, portanto, uma série de questionamentos pendentes: como levar teatro para a população, depois do Cena? Como gerar interesse pela área? Como fomentar público? Criar plateia? Sair do (E)eixo? São raros (ou inexistentes) os artistas brasilienses que não se viram obrigados a cancelar uma apresentação por conta das cadeiras vazias. Quantos já se depararam com duas ou três pessoas? Responder ;todos; não seria uma hipérbole. Isso sem mencionar a tradição de se fazer ;teatro para artista; que ronda a capital, ou seja, os artistas se assistem. O público em geral fica de fora. Como atingi-lo?

Embora concorde com a intensidade atípica registrada no Cena, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, faz logo uma ressalva: ;Criou-se uma lenda de que paira em Brasília um deserto cultural. Isso não é verdade. Há muita coisa acontecendo. Outro dia, um festival de teatro no Gama estava cheio de gente. Em todas as cidades, percebe-se um movimento interessante de público e de produção;.

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