Adriana Izel
postado em 28/08/2015 10:50
A série Narcos, dirigida por José Padilha e protagonizada por Wagner Moura, estreia neste sexta-feira (28/8), na Netflix. A primeira temporada, que contém dez episódios, já está disponível na plataforma digital.
A produção conta a história da origem do narcotráfico na Colômbia. Ela é narrada pelo agente Steve Murphy, interpretado pelo ator estadunidense Boyd Holbrook, que faz de tudo para conter a chegada das drogas até os Estados Unidos, para isso se muda para a América Latina.
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Porém, seria impossível contar a história do narcotráfico sem citar o Cartel de Medellín e um dos maiores nomes envolvidos nesse sistema, Pablo Escobar, que, na série, é vivido pelo brasileiro Wagner Moura.
Se você ainda não fez uma maratona de Narcos, o Correio te conta alguns (bons) motivos para correr para o computador ou para tablet para conferir os episódios da primeira temporada.
Dobradinha Wagner e Padilha
O público brasileiro já está acostumado com essa dobradinha entre o diretor José Padilha e o ator Wagner Moura. A maior parceria da dupla é a franquia brasileira Tropa de elite. Em Narcos, os dois voltam a trabalhar juntos. Assim que Padilha foi cotado para dirigir a trama, ele chamou o amigo Wagner Moura, que começou a se preparar antes de ser contratado oficialmente se mudando para Medellín e aprendendo espanhol.
Esse novo contato da dupla de Tropa de elite é bastante visível nos episódios de Narcos. Inclusive, há um capítulo na série com a famosa cena do saco da franquia nacional, em que um saco plástico é usado na cabeça de uma pessoa para se obter informações.
Pedro Pascal
Se você é fã de Game of thrones provavelmente sofreu quando o personagem do ator Pedro Pascal, o Oberyn Martell, morreu após uma pequena (mas emblemática) participação na série.
Pascal dá vida ao agente norte-americano da DEA (a divisão de narcóticos da Polícia Federal dos EUA) Javier Pena, que, ao lado de Steve Murphy, faz de tudo para derrubar o Cartel de Medellín. Para melhorar, há algumas similares com o seu personagem em GoT. Javier Pena tem um ar meio canastrão, assim como está sempre envolvido com mulheres.
Pablo Escobar
É estranho, mas é praticamente impossível não sentir empatia pelo personagem vivido por Wagner Moura. Assim como na vida real, o Pablo Escobar da série desperta amor e ódio. Seu envolvimento com a família e um pouco da pitada de humor fazem com que o espectador sinta uma simpatia com o protagonista, que ao mesmo tempo que não se importa de matar uma pessoa fica horrorizado com o assassinato de um cão.
Mas o baiano Wagner Moura explica esse aspecto dúbio do personagem. "Acho que é da natureza e do trabalho do ator dar o máximo de humanidade ao personagem, sem julgar. Escobar foi uma das pessoas mais malvadas e terríveis, mas eu não podia começar uma aproximação pensando nisso. Como ator, é preciso pensar que aquela pessoa, antes de tudo, é um ser humano. E Pablo Escobar é um personagem muito interessante, pelo fato de que ele era um homem apaixonado pela família, era carismático, tinha um discurso populista e, mesmo assim, era mau. Então é natural que as pessoas tenham uma simpatia por ele", disse ao Correio.
Série aos moldes de cinema
Talvez por ser dirigido por José Padilha, que tem uma carreira firme no cinema, Narcos é uma produção com ares de sétima arte. É uma série com um desenvolvimento mais lento e com um visual que contou com bastante investimento. Dá para comparar o jeito "cinema para televisão" presente na produção True detective, da HBO.
Produção globalizada
Narcos é uma série que mostra a união de vários países. Ela é dirigida e protagonizada por dois brasileiros e ainda conta com Rodrigo Amarante cantando a trilha sonora (que também é muito boa) e o ator André Mattos como um dos integrantes da família Ochoa, que integra o Cartel de Medellín.
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Além disso, a narração é feita em inglês pelo personagem de Boyd Holbrook e os diálogos são em espanhol, já que a série se passa em Medellín, na Colômbia.