O cinema sempre foi um negócio de família para André Moraes, filho do cineasta Geraldo Moraes e irmão do diretor e ator Bruno Torres. Para seu primeiro longa-metragem, Entrando numa roubada, que estreia nesta quinta-feira, o diretor e músico optou por cercar-se de amigos: além do irmão, o elenco ainda conta com Ana Carolina Machado, sua esposa, a amiga Deborah Secco, Lucio Mauro Filho, padrinho de casamento, e do filho de André, Julio Andrade, além de Tonico Pereira, amigo antigo da família e "tio de consideração" do diretor. "São pessoas que amam o projeto e com quem eu amo trabalhar. Então tudo vira uma família", conta Moraes.
O foco do longa é justamente um grupo de amigos, entre atores e realizadores, que, após o sucesso de bilheteria do primeiro filme, acabaram caindo no esquecimento, por conta de um golpe que os deixou falidos. Anos depois, o roteirista Vitor (Bruno Torres), que agora trabalha em uma borracharia, ganha um financiamento para seu novo roteiro e decide reunir a turma. No entanto, o diretor Walter (Lucio Mauro Filho) e o ator Éric (Julio Andrade) querem aproveitar a oportunidade para vingar-se de quem os roubou ; um pastor com planos de dominação nacional vivido por Marcos Veras.
O humor negro permeia a aventura dos amigos em uma trama que passeia por gêneros como a ação, o road movie, o filme de vingança e de golpe. Presente em outros trabalhos de André, a comédia emerge mais das situações absurdas do que da intenção de fazer rir abertamente. Para o cineasta brasiliense, a mistura de gêneros poderia ser mais frequente nas produções nacionais. "São poucos filmes como Lisbela e o prisioneiro, que é uma comédia, mas tem romance pra caramba, tem mistério, tem assassinato ; tem um matador de aluguel que o (Marco) Nanini faz, inclusive seríssimo. A minha escola é um pouco essa;, diz o diz o diretor.
[SAIBAMAIS]Lisbela e o prisioneiro é, alias, um dos mais de 30 filmes para os quais André compôs a trilha sonora. Não por acaso, a música ganha destaque em Entrando numa roubada, influenciando a atmosfera da delirante jornada dos protagonistas. "Queria que a música contasse uma história dentro do filme", explica o cineasta.
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