Ele é um comediante americano que já inspirou um sabor de sorvete e tem uma aranha nomeada em sua homenagem. Mas Stephen Colbert atingiu o auge nesta terça-feira quando sucedeu formalmente David Letterman no programa "The Late Show". Colbert, de 51 anos, deixará o personagem jornalista ultra conservador que o popularizou na Comedy Central para entrar no lugar da maior lenda da televisão americana, Letterman, que se aposentou neste verão após uma carreira de 33 anos.
Seu primeiro convidado é o galã de Hollywood George Clooney e o candidato republicano às primárias da Casa Branca Jeb Bush, um sinal de um possível foco em comédia política enquanto a nação vive a campanha presidencial de 2016. Colbert entra em um feroz e competitivo mercado, onde o aclamado mundo americano de programas de televisão é bastante diferente da época de ouro dominada por nomes como David Letterman, Jay Leno e Johnny Carson.
Ele terá que se superar contra os Jimmys: Jimmy Fallon no "Tonight Show", da NBC, e Jimmy Kimmel no "Jimmy Kimmel Live", da ABC. A audiência está caindo, os jovens assistem cada vez menos televisão, e parte do sucesso dos dois Jimmys é resultado de vídeos inteligentes que viram virais na Internet.
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Colbert postou vídeos durante o verão, falando previamente sobre sua entrevista com Bush, favorito do partido Republicano que caiu nas pesquisas sob constantes ataques do também republicano Donald Trump. O vice-presidente Joe Biden, que lidera uma campanha contra Hillary Clinton para a nomeação democrata na corrida à Casa Branca, será entrevistado na quinta-feira.
Em entrevista ao New York Times, Colbert falou que espera que sua aptidão por comédia política lhe dê vantagem sobre seus rivais durante a temporada eleitoral. Colbert já mostrou no Comedy Central sob o personagem conservador de família católica que ele é um dos mais perspicazes comediantes da televisão americana.