<p class="texto"><br /><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/09/09/497770/20150908173228863533a.jpg" alt="Pianista já visitou mais de 134 cidades com concertos e palestras gratuitos" /><br /><br />Quando começou o projeto Piano Brasil, o gaúcho Miguel Proença tinha a certeza de que a música provoca um efeito especial sobre as pessoas e em vários momentos constatou esta crença. Uma vez, no Acre, improvisou uma melodia ao piano para acompanhar a música de um índio compositor que pediu para ouvir Villa-Lobos. Em outra ocasião, se emocionou com um menino de 12 anos, em Garanhuns (PE) que, impressionado, comentou: ;Moço, eu também queria ser chefe;. ;Eu virei pastor;, brinca Proença. ;Tem muita gente que se comove muito com música erudita. A falta de espaço de divulgação é que é o problema, porque o brasileiro é sensível, ele gosta. Você não pode imaginar momentos que tenho com as crianças, com o público que nunca ouviu.;<br /><br />Durante as viagens do projeto, o pianista visitou mais de 134 cidades. Por Brasília, já passou pelo menos duas vezes. Este ano, Proença realizou a sétima edição do Piano Brasil, em agosto, iniciado em 2005 com a intenção de levar a todos os cantos do Brasil uma série de concertos acompanhados de aulas para crianças e masterclasses. É uma vontade de divulgar o instrumento, mas também de mostrar como a música erudita, quando acessível e disponibilizada, pode ser transformadora.<br /><br />Para diminuir as distâncias, ele convida as crianças a subirem ao palco para conhecer o instrumento. O pianista quer desmitificar o piano, tirá-lo do pedestal de objeto de luxo. ;Procuro atingir as regiões brasileiras que não recebem a música erudita, mas também a população que está carente desse tipo de manifestação ou que nunca ouviu;, avisa o artista, que sempre se emociona com as reações e adora observar as carinhas de espanto e de felicidade das crianças quando propõe que cantem algo e acompanha ao piano.<br /><br />Proença acredita que a música erudita no Brasil sofre de desatenção. Por isso gravou, em 2005, a coletânea Piano Brasileiro, um conjunto de 10 discos com a integral das cirandas de Villa-Lobos, as integrais das obras de Lorenzo Fernandes e Alberto Nepomuceno para piano e composições de Radamés Gnattali, Guerra Peixe, Marlos Nobre. A coletânea, lançada na época para inaugurar o selo Biscoito Clássico, da Biscoito Fino, foi considerada Patrimônio da Música Brasileira pela Unesco e levou 10 anos para ser gravada. Em 2015, Proença reedita os discos, que estavam esgotados, e aproveita a turnê do Piano Brasil para promovê-los.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2015/09/08/interna_diversaoearte,181588/com-um-pe-na-tradicao.shtml" target="blank">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php" target="blank">aqui</a>. </p>