Adriana Izel
postado em 11/09/2015 07:30
Após um período na estrada com a turnê Cabaré, em que revisita clássicos do sertanejo ao lado do amigo e cantor Leonardo, Eduardo Costa lança seu mais novo disco. É o álbum Vivendo e aprendendo, o décimo quinto da carreira.
O disco apresenta 14 faixas inéditas, todas escritas por Costa durante as viagens da série de shows da turnê Cabaré, e apenas uma regravação, a canção Um louco, que é a faixa bônus do CD. "Eu precisava gravar um disco de inéditas. Comecei a fazer e gravar as músicas ne estrada. Não pudia deixar o meu trabalho solo de lado", destaca o artista.
Esse é mais um álbum em que Eduardo Costa aposta em faixas com a pegada do sertanejo romântico, sua marca registrada. Mas, ele defende que são canções românticas e não "de corno". "Não gosto de música de corno. Não escrevo canções de quem tomou um chifre e perdoou. Também não curto dessas músicas que falam da mulherada de festa, que não tem contexto e coloca a mulher como rapariga", define.
Eduardo Costa estourou em 2003 quando gravou o primeiro CD. "Não virei cantor, eu nasci cantor. Fui galgando meu espaço e passando por alguns obstáculos a cada CD. O disco fala disso: vivendo e aprendendo", completa.
Cinco perguntas // Eduardo Costa
Você tem um trabalho voltado para o sertanejo romântico. Como vê hoje o panorâma do estilo musical?
A música sertaneja atual passou por uma transformação. Mas eu sou um artista baseado no passado. Gosto de música que fala de amor, de sentimento. Não curto essa banalização do sexo, da bebida e da mulher como objeto.
Você é autor de todas as faixas do disco. Você também se envolve na produção do disco?
Sempre estou envolvido em tudo desde a composição das músicas até a escolha da foto da capa do CD. Isso torna mais difícil, estar o tempo inteiro ali. Mas é prazeroso.
Quais são os sonhos que você ainda pretende realizar na carreira?
Nossa, são muito. Ainda quero gravar um DVD com participação de uma orquestra sinfônica. Fazer o Cabaré 2.
Você acredita que é dever do artista se envolver politicamente e socialmente?
Acredito 100%. Acho que o artista que sempre tem que estar envolvido em todos os assuntos ainda mais com o país passando por uma fase tão difícil. Estamos em uma crise em que há falta de estrutura, violência descontrolada... Minha maior preocupação é essa violência.
Com a crise da indústria fonográfica, você tem tentado outros meios de lançar seus materiais?
A gente tem que fazer com que as pessoas consigam chegar até o nosso CD. A música, de modo geral, vive uma fase difícil, por conta da crise, da falta de informação, da pirataria... Mas a gente quer que as pessoas tenham acesso aos nossos discos, por isso temos que nos aliar a internet. Só que não tenho do que reclamar, graças a Deus, meus álbuns são muito bem consumidos.