Quadrinistas brasileiros têm se destacado cada vez mais, e, entre eles, os brasilienses. Hoje, amanhã e sexta brasília recebe o evento EnQuadrinhos. O encontro ocorre na Universidade de Brasília, no Câmpus Darcy Ribeiro, das 9h às 18h, nos três dias. À noite, o espaço permanece aberto ao público, com lançamento de livros, revistas e feiras de quadrinhos. ;Esse é um evento acadêmico que privilegia a comunicação de pesquisadores que vêm à capital apresentar seus trabalhos. Além disso, temos palestras e oficinas, que atingem o público de maneira geral;, comenta Jairo Macedo, um dos organizadores do evento.
A organização espera cerca de 150 pessoas para esse encontro, que se inscreveram até sexta-feira da semana passada, mas para os interessados, haverão atividades abertas. ;Na sexta, a partir de 16h, haverá uma feira de quadrinhos nacionais independentes que é aberta ao público;, sugere Raimundo Lima, organizador do evento, além de proprietário da Kingdom Comics, uma das lojas de quadrinhos da cidade.
Sobre como a ideia de realizar o EnQuadrinhos surgiu, Lima relembra: ;Diante da quantidade de ilustradores da cidade, pudemos perceber a urgência de realizar um evento para reunir os envolvidos nos quadrinhos, isso era feito anos atrás, mas havia algum tempo que não era promovido um encontro acadêmico;. Para ele, Brasília tem uma geração muito promissora na área. ;A gibiteca da 508 Sul foi uma das maiores responsáveis por criar uma geração que respeita os quadrinhos. Para eles, as HQs são mais que uma forma de entretenimento, são uma maneira de se expressar;, afirma.
Como alvo de pesquisas, os quadrinhos trazem um caráter multidisciplinar que será abordado durante os encontros. ;Os quadrinhos podem ser vistos de diversas maneiras, seja em uma forma educativa, como por exemplo uma ilustração sobre alguma característica biológica, seja do ponto de vista da linguagem, ou até do ponto de vista histórico, com uma análise dos quadrinhos escritos em outras épocas;, comenta Lima.
Palestras
Rafael Coutinho: A era do diamante dos quadrinhos
Paulo Ramos: Tiras em transição do papel às mídias virtuais
Henrique Magalhães: Marca Fantasia, o panorama de uma editora independente
Edgar Franco: Transmídia em processos criativos de quadrinhos autorais
Duas perguntas para Raimundo LimaVocê considera os quadrinhos como parte do universo geek?
Os quadrinhos sem dúvida fazem parte de todo esse universo geek, mas eles extrapolam esse conceito. Os quadrinhos não são, necessariamente, voltados para os geeks, podendo trazer assuntos de interesses divergentes desse público.
Como você vê a produção de material na nossa cidade?
O Espaço Renato russo, na 508 Sul é um dos responsáveis por uma geração de quadrinistas muito boa. Eles vêm o quadrinho como mais que uma forma de entretenimento, mas como uma forma de se expressar. Brasília tem vivido o pioneirismo na produção de quadrinhos experimentais, que ousam tanto em suas narrativas quanto na parte gráfica do produto.
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