postado em 16/09/2015 07:30
Até Paul McCartney, o músico pop mais bem-sucedido de todos os tempos, já aceitou a lição: para sobreviver e se manter relevante no cenário da música atual, onde reinam as Katy Perrys, Beyoncés e Justin Biebers, as lendas vivas da música precisam buscar aliança com artistas mais jovens. O ex-beatle comprovou isso ao se juntar a Kanye West e Rihanna e gravar a canção Fourfiveseconds. Se Sir Paul, parte da realeza britânica, tem duas das principais sensações da música pop dispostas a colaborar, os plebeus da Terra da Rainha têm se virado como podem.
No 14; álbum da carreira, intitulado Paper gods e lançado na última semana, o Duran Duran tem como uma de suas convidadas a atriz Lindsay Lohan, fazendo justiça à estética de decadência chique que a banda sempre cultivou. Formada em 1978, na cidade de Birmingham, a banda fez parte do movimento new wave, que mistura ska, reggae, rock e sintetizadores e marcou a sonoridade dos anos 1980. Junto com outros nomes como The Police, The Cure, INXS, New Order e The Smiths, o Duran Duran, com seus terninhos, laquês e visual andrógeno, nunca foi considerada mais que uma moda passageira pelos críticos da época. No entanto, mais de 30 anos depois, o grupo formado por Simon Le Bon (vocal), Nick Rhodes (teclados), John Taylor (baixo) e Roger Taylor (bateria), é um dos únicos remanescentes da década que conseguiu sobreviver e soar atual sem perder o seu som característico e sua identidade, como bem definiu o site The Guardian.
Outro icônico grupo new wave que tem aproveitado uma onda de popularidade após o auge nos anos 1980 é o Culture Club. Liderados pelo polêmico vocalista Boy George, outro símbolo da decadência e da sonoridade dançante/romântica que caracterizou a década de 1980, o grupo está em uma fase de retorno (mais um), que começou no ano passado com a gravação e lançamento do disco Tribes. Após ter de cancelar uma turnê devido a problemas na garganta do vocalista, a banda finalmente voltou à estrada em 2015 e está tendo recepções surpreendentemente calorosas nos Estados Unidos, lugar aonde eles não tocavam havia 13 anos. O motivo para acreditar que a banda que vendeu 50 milhões de discos não terá uma nova recaída motivada por problemas de relacionamentos ou drogas, algo corriqueiro em sua história, está na extensa entrevista que Boy George concedeu ao jornal britânico Daily Mail no mês passado.
;É necessário ser mais esperto e entender ser um desastre não é algo que eu faça bem. Eu sou bem melhor sóbrio, funcional e calmo;, afirmou, sobre os maus hábitos que deixou para trás, como o vício em comida e drogas, além de um temperamento violento que o levou à prisão em 2009 após agredir um garoto de programa.
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