Diversão e Arte

Com orçamento pífio, Escola de Música pede socorro

Uma das melhores instituições de formação musical do Brasil sobrevive no improviso e tem sede ameaçada pela especulação imobiliária

Leonardo Fernandes - Especial para o Correio
postado em 29/09/2015 07:29

Ayrton Pisco revela que orçamento da EMB no segundo semestre é ainda menor

Se procede a máxima de Nietzsche de que ;sem a música, a vida seria um erro;, o ensino dessa arte deveria merecer um outro tratamento. Não é o que vemos na Escola de Música Brasília (EMB) hoje em dia. Por ela, em suas cinco décadas de história, já passaram grandes nomes da música brasileira, tais como os cantores Ney Matogrosso, Cássia Eller e Zélia Duncan, o bandolinista Hamilton de Holanda, o guitarrista Lula Galvão, o contrabaixista Jorge Helder, a flautista Beth Ernest Dias e o violonista Jaime Ernest Dias. Mas é a formação da nova geração de alunos (e das próximas) que está sob risco.

Atualmente, a escola padece de falta de investimentos em infraestrutura, pessoal e manutenção de instrumentos. Professores alegam não haver bom diálogo com a direção nem o debate necessário para as mudanças que a Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal (GDF) tenta implementar. Para completar, rumores sobre investidas do setor imobiliário, de olho nos 41 mil m; que a escola ocupa, geram insegurança. Todo esse quadro abala, literal e simbolicamente, a que já foi considerada a melhor instituição de formação em música da América Latina.

A declarada crise do GDF se reflete no orçamento do centro de ensino. O diretor da EMB, Ayrton Pisco, conta que, no primeiro semestre deste ano, recebeu da Secretaria de Educação apenas R$ 15.455 para custear o funcionamento da escola. ;E vai piorar;, afirma, referindo-se aos R$ 10.818 previstos para o segundo semestre.

[SAIBAMAIS]O aperto no caixa leva funcionários e alunos da escola a caírem no improviso para levar adiante as atividades. Professores doam amplificadores, encordoamentos e até ventiladores para as salas de aula. Paredes viram lousas. A escola está sem o guichê de cópias e sem sua orquestra, que atuou durante 40 anos.

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