Nos últimos tempos, séries, filmes e novelas têm feito o público admirar e se apaixonar pelos vilões e anti-heróis. Muitas vezes as pessoas esperam mais pelas cenas deles do que pelas dos mocinhos ou heróis das tramas. A questão é: Por que gostamos tanto deles, mesmo sendo malvados e cruéis?
Os vilões e anti-heróis da ficção estão mais próximos da realidade das pessoas, diferentemente dos bonzinhos, sempre bondosos, éticos e corajosos. Os anti-heróis, por exemplo, não se prendem às leis e aos bons costumes para alcançar o que pretendem. Fazem o bem por vias nem sempre admiráveis pela sociedade, ou são somente indiferentes à bondade.
Já os vilões seguem seus instintos e impulsos para conseguir o que desejam, são passionais, tomados por inveja, necessidade de poder e ganância que são características malvistas fora da ficção.
;Parece-me que os vilões são seres que conseguem realizar determinados desejos que para maioria de nós são intangíveis, por representarem o que há de perverso;, explica a psicóloga Larissa Tavira. Ela acrescenta: ;Os vilões são os nossos monstros, dos quais eventualmente nos libertamos, para depois recriá-los. Eles são fascinantes, pois desvelam uma face de nosso desejo que parece ocultada;.
Freud explica
Larissa faz uma analogia entre vilões, anti-heróis e heróis com a teoria de Sigmund Freud, que define id, ego e superego. As três instâncias compõem a psique humana. O id corresponde ao instinto, à impulsividade que, frente aos desejos, desconhece os limites. O id, portanto, pode ser comparado ao vilão, por atender aos seus impulsos.
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