Diversão e Arte

Fito Páez e o brasileiro Moska fazem parceria em Locura total

Artistas criam o álbum Locura total, lançado neste ano em duas versões %u2014 português e espanhol %u2014, ambas mesclando os dois idiomas, com o bom e velho portunhol

Adriana Izel
postado em 04/10/2015 07:32

O portunhol nunca esteve em tão em voga como agora, basta lembrar as críticas ao espanhol do ator Wagner Moura na série Narcos (Netflix), em que dá vida ao colombiano Pablo Escobar. Antes mesmo de essa polêmica vir à tona, os músicos Moska e Fito Páez resolveram praticar a ;língua; ao se unirem para criar o álbum Locura total, lançado neste ano em duas versões ; português e espanhol ;, ambas mesclando os dois idiomas, com o bom e velho portunhol.

O disco une dois artistas diferentes apenas pela nacionalidade, mas muito parecidos nas trajetórias profissionais. O brasileiro Moska sempre teve uma afinidade com os países da América do Sul. ;Eu me apresentei e produzi muitos encontros entre brasileiros e sul-americanos. Inclusive, virei curador de festivais latinos. Um movimento muito parecido com a trajetória de Fito;, lembra Moska. O argentino Fito Páez é um nome constante em parcerias com artistas do Brasil. Ele tem no currículo duetos com nomes que incluem Caetano Veloso, Os Paralamas do Sucesso, Titãs, Djavan e Chico Buarque.

A união da dupla veio de uma ideia da gravadora, exatamente por conta das similaridades entre os músicos. ;A ideia era muito boa: juntar dois caras que estão se aventurando no mundo do outro. Mas nada disso daria certo se a gente não fosse bom junto. Logo no primeiro encontro, em Buenos Aires, ele me mostrou a faixa Hermanos, ela não tinha letra, era só o ;larala;. Nesse dia, já fizemos três das músicas que estão no disco;, conta o brasileiro.

Para criar Locura total, Fito e Moska se encontraram ainda no Rio de Janeiro e em Trancoso (Bahia) e chegaram a compor 19 faixas, dessas, 12 fazem parte do CD. As canções foram escritas em português e em espanhol, mas o que se escuta é, principalmente, um equilíbrio em portunhol. ;É um tipo de encontro que reflete o que o mundo está passando. Em Flores do abraço (última faixa do disco), a gente fala do portunhol, que não tem dicionário. É um desejo de ouvir e entender o outro;, defende Moska.

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