Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Brasil importa programas dominados pelas minorias nas TVs americanas

Viola Davis, protagonista de How to get away with murder, foi a primeira mulher negra a ser premiada com o Emmy de melhor atriz em série dramática

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Este ano entrou para a história da televisão americana como um marco na luta por diversidade. A série Empire, constituída por um elenco majoritariamente negro, é o maior sucesso comercial de 2015. Viola Davis, protagonista de How to get away with murder, foi a primeira mulher negra a ser premiada com o Emmy de melhor atriz em série dramática, e Black-ish foi a comédia estreante mais bem-sucedida da temporada. Fresh off the boat e Jane the virgin trouxeram, respectivamente, a cultura asiática e a latina para o horário nobre americano.

Não é apenas a presença de personagens ;não brancos; que chama a atenção. Há décadas, negros, latinos e asiáticos fazem parte do universo televisivo, mas, reiteradamente, de maneira estereotipada e, quase sempre, no papel de coadjuvantes. Hoje, minorias protagonizam séries que retratam personagens complexos que existem para além de suas etnias e que, ao mesmo tempo, preservam a cultura de seus povos.

Personagens brancos
O último relatório do Centro Buncher da Universidade da Califórnia em Los Angeles sobre diversidade apresentou, em números, um cenário que refletiu a predominância de papéis destinados a atores e atrizes brancos. Entre 2012 e 2013, 77% dos personagens em séries de canais fechados, como HBO, Showtime e AMC, eram brancos. O percentual aumenta para 81% quando são analisadas as redes abertas, ABC, CBS, NBC e FOX.

O último censo realizado pelo governo americano, em 2010, aponta que 37% da população do país não é branca. Segundo projeções, até 2060, esse número deve chegar a 56%.

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