Diversão e Arte

Fotógrafos especializam-se no registro do cotidiano do interior do país

Os brasileiros seguem o caminho de Sebastião Salgado

Rebeca Oliveira
postado em 06/10/2015 07:31
Os brasileiros seguem o caminho de Sebastião Salgado
Lançado há 25 anos, um dos softwares mais populares tem permitido a manipulação fotográfica de uma maneira cada vez mais fácil. Vinte anos depois, surge no mercado o Instagram, aplicativo que torna os usuários da rede social espécies de Cartier-Bresson dos tempos modernos. Mas o ;instante decisivo; cunhado pelo fotógrafo já não se trata do momento em que se alinham a cabeça, os olhos e o coração. Na era da imagem digital e da fotografia de massa, o reinado é das selfies.

[SAIBAMAIS]No entanto, fotógrafos ainda têm o papel de chocar o mundo. No Brasil, uma série deles têm adentrado comunidades pouco conhecidas do restante do país. No caminho de Sebastião Salgado e das famosas expedições que o tornaram um dos artistas mais famosos do mundo, nomes como JR Ripper, Gabriel Bicho e Valdir Cruz ainda acreditam no poder transformador de uma máquina fotográfica. Seja analógica, seja digital.

Os brasileiros seguem o caminho de Sebastião Salgado
A regra máxima é manter um conteúdo fidedigno da vida de comunidades do interior do país, em estados como o Maranhão e o Amazonas. É fundamental ter uma experiência direta e séria sobre como vivem os povos que habitam essas regiões, ;brasis; pouco conhecidos de quem está acostumado a ver mais do mesmo na timeline das redes sociais. Imagens que impressionam e põem a sensibilidade do público à prova, diante de lugares em que a natureza é a única forma de vida e sustento. Segundo os fotógrafos ouvidos pelo Correio, são povos dóceis, mas que lutam permanentemente contra a devastação de suas terras.

O carioca João Roberto Ripper fotografa profissionalmente desde os 18 anos. O foco do seu trabalho mudou quando assistiu a uma palestra do antropólogo Aderval Costa Filho sobre povos e comunidades tradicionais. ;Entendi que boa parte deles se encontra na invisibilidade, silenciados por pressões econômicas, fundiárias, processos discriminatórios e de exclusão sociopolítica;, conta, sobre as razões sociais para criar o projeto Fotografando povos tradicionais, que passou por pequenos povoados do norte de Minas Gerais e do Maranhão.

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