postado em 07/10/2015 07:29
[VIDEO1]Um cabo atravessa o céu do distrito financeiro em Nova York. Aqueles a caminho do trabalho podem ver um pontinho entre as Torres Gêmeas, na época ainda inacabadas. Em 7 de agosto de 1974, o acrobata francês Philippe Petit desafiou as autoridades americanas e cruzou, a 415 metros do chão, a distância entre os dois prédios do World Trade Center.
A impressionante história foi adaptada para as telas de cinema pelo diretor Robert Zemeckis, responsável por sucessos como a trilogia De volta para o futuro e o drama vencedor do Oscar, Forrest Gump. O longa estreia amanhã nos cinemas brasileiros. Joseph Gordon-Levitt interpreta o papel de Petit, o francês contou com a ajuda de um grupo de amigos para distrair as autoridades e realizar a travessia. A obra de Zemeckis tem sido elogiada pela crítica americana, mas é a reação causada pelas cenas aéreas mais impactantes do filme que têm ganhado as manchetes internacionais.
[SAIBAMAIS]
[SAIBAMAIS]
Jornais americanos têm anunciado que parte do público passou mal durante a exibição do longa. De acordo com a publicação Business Insider, Zemeckis havia afirmado, durante o Festival de Filme de Nova York, que ele filmou certas cenas com a intenção de provocar mesmo vertigem nos espectadores.
Críticos de cinema compartilharam via redes sociais que no ápice do filme alguns espectadores chegaram a vomitar ou a sair das salas de cinema devido ao realismo do longa. Em exibições 3D, o mal-estar foi ainda maior.
Culpa do 3D?
Não é de hoje que as reações ;adversas; ao 3D vêm ocorrendo. Segundo um estudo publicado pelo jornal Plos One, em 2013, cerca de 55% de um grupo de 497 pessoas que assistiram a filmes 3D tiveram pelo menos um efeito colateral. Uma a cada 10 pessoas se sentiu ;desequilibrada;.
O filme Gravidade também provocou mal-estar. Esse fenômeno, conhecido como cybersickness, acontece quando, durante um filme 3D, os olhos e ouvidos recebem estímulos diferentes. Se você sofre de vertigem, passa mal quando viaja de carro ou em montanhas-russas, é melhor esperar que A travessia chegue aos serviços de streaming.
Um Oscar na corda-bamba
Essa não é a primeira vez que a história de Philippe Petit chega aos cinemas. Em 2008, o cineasta britânico James Marsh lançou o documentário O equilibrista baseado no livro homônimo escrito pelo acrobata e que narra a mesma façanha no World Trade Center. O título original Man on wire (Homem no arame) foi retirado do relatório policial que levou o artista francês à prisão após sua performance, que durou quase uma hora.
O documentário é estilizado como um filme de ação, apresentando imagens raras dos preparativos para o evento e fotografias da caminhada no cabo de aço, além de entrevistas com pessoas envolvidas na história.
Perfil
Quem é Philippe Petit?
Nascido em agosto de 1949, em Nemours, França, filho de um piloto do exército francês e uma dona de casa, Petit começou a estudar truques de mágica aos 6 anos. Aos 16, ele já se apresentava em travessias de cabos de aço. Quando Petit foi preso pela sua performance nas Torres Gêmeas, sua sentença foi se apresentar no Central Park para o público nova-iorquino. Hoje, Petit mora em Nova York e tem na sua lista de caminhadas do sonho cruzar o Grand Canyon.