Será lançado hoje, no Senhoritas Café, o livro Cinema riscado, do cineasta carioca Renato Cunha. Trata-se de uma reunião de 46 crônicas-ensaios sobre cinema que o autor escrevi eu entre 2007 e 2011 para a coluna de mesmo nome na revista eletrônica Verbo21.
Radicado em Brasília desde os anos 1970, Renato conta que, durante esse tempo em que colaborou para a revista, abordou teoria e filosofia do cinema, procurando variar os textos entre os conceitos de inestética e inestática, que, segundo ele, são categorias complementares.
O autor se baseou na obra do filósofo francês Alain Badiou, Pequeno manual de inestética, para adotar este conceito em seus textos. Segundo ele, a inestética seria considerada a contracultura da conceito de estética, pois rompe com padrões de beleza, permitindo a contemplação do filme independentemente de sua estética.
Ao perceber, com a inestética, que os filmes tinham uma voz filosófica, parodiou o termo e criou o conceito inestática, afirmando que toda obra de cinema tem, também, sua fala política. Essa voz política pode se pronunciar de varias maneiras, seja na linguagem adotada pela película, nas relações entre os personagens ou nas próprias relações comerciais da indústria do cinema com a sociedade. Por isso, citando mais de 100 filmes, o livro também aborda a questão do valor dos ingressos, como se dão os patrocínios nesse segmento, o seu fomento, além da relação entre grandes empresas e pequenos produtores, prometendo fugir de maniqueísmos e taxações.
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