Diversão e Arte

Reynaldo Gianecchini fala sobre o bom momento da carreira

Às vésperas de comemorar 43 anos, ator estará nas telonas em S.O.S. Mulheres ao mar 2

Ricardo Daehn - Enviado especial
postado em 18/10/2015 07:36

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Orlando (EUA) ; Às vésperas de comemorar os 43 anos de vida e de lançar o longa-metragem S.O.S. Mulheres ao mar 2, o galã e ator Reynaldo Gianecchini não larga, por nada, uma criança ; aquela que ele batizou ser a sua, a ;criança interna;. Com coprodução da norte-americana Universal Pictures, a comédia proporcionou especial estada do ator nos arredores dos parques temáticos da empresa de entretenimento. ;Eu não gravei em Orlando, mas vim, nas filmagens, porque a minha criança interna exigiu (risos)! Vim pra acompanhar alguns dias, e só para poder brincar;, conta, ao falar de S.O.S. 2.

Já pelas roupas, algo despojadas, mesmo no tapete vermelho de pré-lançamento da fita dirigida por Cris D;Amato, Gianecchini não deixa dúvidas do momento gratificante que vive: ;Eu sou do conforto ; você nunca vai me ver muito engessadinho nas roupas;. Ele, que promete escandalizar futuramente, mas, aos 80 anos (;à la Dercy Gonçalves;), colhe frutíferas experiências com as comédias do cinema, em que, em 2014, viu 1,8 milhão de espectadores engordarem a renda de S.O.S. Mulheres ao mar.

Em alta, pelo recente personagem de Verdades secretas ; um homem-objeto, posto pra jogo, em círculos gays ; Gianecchini reforça que se empenha para refletir mudanças da sociedade, até despreocupado com nudez, mas acatando refinamento. Nas mais amenas voltas do mundo, a tranquilidade, porém, segue permeando a vida de Reynaldo, por enquanto, de papo pro ar. ;Na próxima semana, ia começar a preparação para a seguinte novela das nove. Mas a Globo inverteu, e tirou a novela que eu ia fazer, assinada pela Maria Adelaide Amaral, deixando a do Benedito Ruy Barbosa no lugar. Minha outra novela ficou para outubro do ano que vem. Com isso, todos os projetos que eu tinha precisam ser adiantados. Possivelmente, logo estarei no teatro. Mas, de imediato, penso em tirar umas férias de uns dois meses, já que estou bem cansado;, conclui.

Na estreia da vida
Eu estou adorando: depois dos 40 anos, acho que faz uma diferença! A frase de que a vida começa aos 40, para mim, faz todo o sentido. Parece que tudo foi um ensaio. Acho que, agora, começo a entrar no trilho de quem sou. A gente já sabe muito o que a gente não é também: isso é legal! Até os 40, erramos tanto, damos cabeçadas, e agora a gente fala ;que bom né, já aprendi, isso aí eu não preciso mais, já está excluso, daquilo sei que não quero mais;. Então, começa a ficar muito mais interessante a vida, você começa a relaxar. Começa a se cuidar fisicamente, e da cabeça, nessa tendência, se fica muito mais interessante, mais bonito. Eu me sinto muito melhor, sem dúvida.

Quentura no cinema
Se fosse de verdade, acho que não combina muito você realmente fazer putaria com amigos, isso eu não aconselho (risos). Mas, aqui, sendo trabalho, acho que ajuda, porque a intimidade é tão legal. É trabalho, e você já conhece a pessoa só de olhar para ela. E olha, as minhas cenas de sexo com a Giovanna Antonelli geralmente são as mais divertidas da minha vida (risos). Geralmente, as cenas de intimidade são mais difíceis para as mulheres: elas podem ficar muito expostas, e de uma forma errada. É muito delicado, né, com a mulher. Já homem, tudo bem, o homem, sem camisa, beleza. Então, a Giovanna, por exemplo, sabe que pode confiar para caramba em mim, assim, que eu vou protegê-la. De certa forma, eu acho que esse pudor não existe tanto com a gente. Temos uma certa liberdade.

Ranço de preconceito
Acho que as pessoas têm muito preconceito com comédia. É impressionante. Acho que é uma situação mundial. Você não vê ator ganhando prêmio com comédia. O Jerry Lewis, genial, nunca ganhou prêmios Oscar, em competição; não falo das homenagens. Existe uma besteira, porque acho que comédia, inclusive, é mais difícil de fazer do que o drama. Todo mundo tem uma ideia também de que ator bom é ator que chora, né? Eu acho isso uma bobagem também. Gosto de ver ator que não chora, exatamente, mas que consegue passar emoção sem a lágrima, sem baratear assim, sem estar tão entregue. Eu prefiro um ator que está com o choro engasgado ; esse me emociona para caramba.

Torcida verde-amarela
Tenho esperanças em nosso país. Não tenho esse desespero de deixar o Brasil. Embora a gente esteja calejado, decepcionado pra caramba. Não existe um brasileiro que não esteja desconfortável. Mas tenho esperança. Acho que está vindo toda a poerinha para fora, porque nada é por acaso. O Brasil passa por uma fase de limpeza. Nisso, virá a transformação do país. Sou aquele cara que acredita na transformação. Pra isso, precisa vir à tona, anos e mais anos de bagunça e de corrupção. É uma coisa necessária, para que seja feita a limpeza. Tá todo mundo cobrando, ninguém está mais querendo ficar omisso. Todo mundo está se posicionando: isso é muito legal no Brasil.

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