Leonardo Fernandes - Especial para o Correio
postado em 25/10/2015 07:30
Não muitos anos atrás, os discos de vinil, em sua maioria long playings (LPs), eram ameaçados de extinção. A nova aposta era o compact disc (CD), que introduzia uma nova geração de mídia musical, desta vez, digital. Atualmente, mesmo com o avanço das maneiras de divulgação de áudio, como os serviços de streaming - que dispensam a mídia física, a preferência de muitos artistas e fãs pelo formato vinil parece ter voltado com força.
Segundo o Relatório Anual da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD), as vendas físicas no mundo caíram 8,1% em 2014; as receitas da área digital cresceram 6,9%, e já representam 46% das vendas mundiais de música, por influência principalmente, do bom desempenho do segmento de subscrição para acesso à música por streaming.
[SAIBAMAIS]No Brasil, em 2014, as vendas digitais (serviços de streaming de áudio e vídeo, downloads de faixas e albuns, e telefonia móvel) cresceram um total de 30,43%, enquanto as vendas físicas (CDs, DVDs e Blu-Rays) caíram 15,44%. Mas tanto aqui como mundialmente, a exceção tem sido o vinil.
Michael Fremer, editor da www.analogplanet.com e editor sênior da revista Stereophile, faz uma pesquisa anual diretamente nas fábricas de discos para ter um número realista. Em 2013, o total de discos fabricados no mundo superou a marca de 33 milhões de unidades. Ele acredita que essa marca vai ultrapassar 50 milhões em 2015.