postado em 27/10/2015 07:02
A reclusão de um escritor, nos dias de hoje, termina com o ponto final da nova obra. O ato de lançar um livro se transformou em uma maratona de filas, risos, lágrimas, gritos, selfies e autógrafos. A lista de autores que abandonam os textos e se lançam em excursões pelo país já é grande. Nos últimos meses, passaram pelo Brasil nomes como Colleen Houck, Kiera Cass e Meg Cabot.
Uma das autoras nacionais que, mesmo com medo de avião, encara turnês e assédio de rockstar, Carina Rissi peregrina pelo país desde o início do mês ; tendo passado por Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e chegado, ainda, a Belo Horizonte, Goiânia, Brasília, Belém e Manaus.
Destinado, terceiro título da série Perdida (2011) e sexta obra dela a ganhar o prelo da Editora Record, está nas listas de ficções mais vendidas do país, como a da revista Veja e da Publishnews, desde que foi lançado, no fim de setembro, além de ter a primeira edição esgotada na pré-venda. Os 20 mil primeiros livros foram vendidos em menos de um mês. Na entrevista a seguir, a autora fala ainda sobre chick-lit, preconceito, pirataria, internet e antecipa projetos.
Quais são o ônus e o bônus de ser um escritor tão festejado pelos fãs?
Adoro interagir como os meus leitores! É uma diversão só, além de receber tanto carinho que, às vezes, me pergunto se realmente mereço. Eles são maravilhosos. A parte ruim disso é que acabo me distraindo muito. Eu juro que vou entrar nas redes sociais e ficar só por cinco minutinhos, e, quando eu vejo, se passaram duas horas e meu trabalho não rendeu muito (risos).
E o medo de avião, como faz para excursionar por dez cidades?
Eu acho que o que sinto é mais que medo. É pânico! Só de pensar em voar, já começo a suar (risos). Ir para o Norte é um sonho antigo, mas Manaus é um dos destinos mais distantes aqui de São Paulo, e isso significa mais tempo dentro da aeronave. Então, depois de muito pensar, bolei um jeito de ir para lá com que eu pudesse lidar. Vou de carro para Brasília, e de lá pego um avião para Manaus.
Como é a rotina durante a turnê?
Uma correria só. Como faço quase tudo de carro, estou sempre com o tempo cronometrado e, às vezes, nem consigo ver a cidade. Acordo meio desnorteada, sem saber onde é que eu estou.