Ater-se ao diálogo mantido entre filmes de uma franquia e o público foi a investida defendida pelo diretor Sam Mendes, ao conduzir o 24; exemplar da série 007. Para o diretor, como reforçou para a revista britânica Empire, é nisso que reside a diversão. ;Filmes de James Bond compõem uma cultura;, explicou. Com 007 contra Spectre, ele se gaba do feito da mais engenhosa sequência de explosão já executada para cinema. Também pudera, teve à mão estimados US$ 300 milhões, como orçamento para a fita.
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[SAIBAMAIS]Uso de informações privilegiadas e enriquecimento ilícito figuram tanto na realidade brasileira quanto na ficção orquestrada para o novo 007 ; mundo pequeno, heim? A fuga de um dos vilões Marco Sciarra (Alessandro Cremona) logo no começo descarrilha a paz vivida por James Bond, protagonizado novamente por Daniel Craig. A sequência inicial, feita na Cidade do México, mobilizou 1,5 mil figurantes e teve acrobacias de helicóptero pilotado por um dos únicos três únicos homens no mundo autorizados a executá-las. Operação ainda mais complexa do que a de 007 contra o foguete da morte (1979), como destaca o produtor Michael G. Wilson.
Quase 130 dias de filmagens respaldam a trama na qual representantes de estúdio tiveram dúvidas quanto ao andamento adotado por Mendes, em que, contrariando a eterna juventude de Bond, apostou em um agente que está envelhecendo. E, sim, o panorama se prova transformado para Bond: a começar pela existência do personagem C (o irlandês Andrew Scott), uma pedra no sapato dele e de toda a espionagem do MI6.
A própria rede de apoio ; leia-se os parceiros de escritório de Bond ; está renovada. A mais brusca troca é M, personagem rearranjado por Ralph Fiennes. ;É um desafio intimidador, em termos de confiança, estar neste papel, principalmente depois da M feita por Judi Dench;, destaca Fiennes. Tanner (o chefe a cargo de Rory Kinnear) reforça o grau de autoridade, pela necessidade de maior administração dos espiões. O nerd Q (Ben Whishaw) exibe uma porção algo trapaceira e exibida, enquanto a assistente pessoal de M, Moneypenny, aposta numa ambiguidade, em termos de confiança, num papel defendido por Naomie Harris.