Diversão e Arte

Jovens buscam livros, filmes e música

Ciente do desejo dos consumidores, o mercado cultural corresponde à demanda

Ricardo Daehn, Adriana Izel
postado em 17/11/2015 07:31
Amizade desfeita: concebido meticulosamente para conquistar o público jovem

Era maio de 2014, quando a Paris, agora sinônimo de comoção global, enfrentou cenário de campo de guerra. A cidade serviu como locação para o desenrolar de feitos do Esquadrão 451, que, no longa de ficção Jogos vorazes: A esperança ; o final, ajusta as contas com um governo tirânico e fora de controle. O filme, que estreia na quarta-feira, dá continuidade ao megassucesso da adaptação de textos de Suzanne Collins, ao mesmo tempo em que confirma o imenso potencial da juventude no tilintar da grana, na boca do caixa das bilheterias.

À frente da rebelde personagem Katniss, símbolo de liberdade em Jogos vorazes, Jennifer Lawrence ganhou, com a franquia, simplesmente o topo de sua carreira, ao menos em termos financeiros. No mundo inteiro, formado na imensa maioria por jovens, o público respondeu com a injeção de US$ 2,3 bilhões, nas idas às sessões dos três longas anteriores da franquia. O filme Amizade desfeita, de Levan Gabriadze, foi outro feito exatamente para fisgar o público jovem. O longa-metragem se passa o tempo inteiro na tela do computador da personagem Blaire Lily (Shelley Hennig), que está sendo aterrorizada por uma pessoa misteriosa que ela suspeita ser sua a amiga Laura Barns (Heather Sossaman), uma adolescente que se suicidou após se tornar vítima de cyberbullying em sua escola.

Já não bastasse a inovação de sua história ser contada pelo computador, o elenco e a linguagem do filme foram pensados para os adolescentes. As gírias, as redes sociais e até os conflitos juvenis estão no longa e são um dos trunfos da fita, que já arrecadou US$ 59 milhões em exibições pelo mundo, apesar de ter tido um orçamento de apenas US$ 1 milhão para a concepção do terror. É não só pelo medo, mas ainda pela sua combinação com a comédia, que os jovens são absorvidos pelo cinema. Em cartaz na cidade, o filme Como sobreviver a um ataque zumbi confirma apostas da distribuidora do filme, que o emplacou em seis salas do DF. Na base da história, capitaneada por jovens escoteiros, estão cenas e jogos que equilibram sangue e diversão. Brincadeiras sobre popularidade de colegiais, o reino das selfies e zoação com Britney Spears, além do respeito pelo espectador nerd se disseminam na fita, que fala, de modo grotesco, da transição de uma etapa de juventude.

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