O ano era 1962. Os Cariocas se preparavam para gravar o segundo disco com canções da bossa nova. Durante uma reunião na casa de Tom Jobim, na rua Barão da Torre, em Ipanema, ao se aproximar do maestro soberano e de Vinicius de Moraes, Severino Filho pediu a eles uma canção para o repertório, que exaltasse a mulher carioca.
;Passados 15 dias, num outro encontro, Tom foi para o piano e começou a mostrar uma melodia, que encantou a todos os presentes. Em seguida se dirigiu a mim, Badeco, Quartera e Luis Roberto ; os outros integrantes do quarteto ;, e perguntou: ;Vocês gostaram?;. Vinicius colocou a letra, sob o título de Ela é carioca;, lembra Severino.
Gravada originalmente pelo grupo, que se tornou um ícone da bossa nova, Ela é carioca transformou-se num clássico do movimento. ;Desde então, nunca mais saiu do nosso repertório de shows, além de ter se tornado uma espécie de cartão de apresentação do grupo;, diz o pianista, cantor, arranjador e único remanescente da formação original.
De volta a Brasília, o grupo Os Cariocas faz hoje o show de encerramento da programação de 2015 do Clube da Bossa, que funciona no Teatro Sílvio Barbato do Sesc. O início é às 11h30, com entrada franca. ;Vamos celebrar mais um ano de resistência, com a apresentação desses músicos maravilhosos;, festeja o diretor da entidade, Dickran Berberian.
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