São Paulo - No Brasil para divulgar seu novo filme, Os 8 odiados, Quentin Tarantino não foi modesto e confirmou que a expectativa para o lançamento do oitavo longa da carreira é grande. O filme tem estreia prevista no Brasil em 7 de janeiro. Nos EUA, as exibições começam ainda este ano -- em 21 de dezembro.
"Meus filmes sempre tiveram um retorno bom nos Estados Unidos, mas sempre foram um pouco melhor em outras partes do mundo. Apesar de eu ser um diretor americano, meus filmes serem em inglês e lidarem com temas americanos, eu faço filmes para o planeta Terra, para o mundo. E o mundo tem respondido muito bem aos meus filmes", respondeu, sobre o sucesso internacional.
Essa foi apenas a segunda visita do diretor ao Brasil. Na primeira, em 1992, Tarantino ainda não tinha o status do qual desfruta hoje, mas o potencial, com o seu filme de estreia, já estava lá. "Estive aqui há mais de 20 anos para o festival de cinema de São Paulo e eu me diverti bastante. Naquela época, eu pensei em aprender português, não porque eu achei que iria precisar um dia, mas porque a língua é muito bonita. Eu não aprendi nada, mas quando eu era jovem, tinha sonhos", brincou.
Um dos momentos mais curiosos da coletiva foi quando Tarantino recebeu uma pergunta sobre um jornalista que escreve para um grupo LGBT. Como o diretor já fez filme de um negro se vingando de racistas, uma mulher se vingando de misógenos e judeus se vingando de nazistas, será que já pensou em fazer um filme sobre um homossexual se vingando de homofóbicos?
Com bom-humor, Tarantino respondeu "isso não está nos meus planos, mas agora que você colocou o pensamento na minha cabeça, quem sabe?", arrancando risos dos presentes e lembrando que já existe uma paródia na internet misturando Kill Bill com a temática homossexual.