Diversão e Arte

Orquestra da UnB inova e faz concerto sem maestro

O solista Ricardo Dourado Freire é destaque no Concerto para clarineta

postado em 24/11/2015 07:30

Ricardo Dourado Freire é um estudioso da obra de Johann Stamitz

Serão apenas 20 músicos em uma apresentação dividida em três etapas. O desafio faz parte da beleza. Com repertório clássico, a Orquestra da Universidade de Brasília se apresenta nestas quarta (25/11) e quinta (26/11), sem a figura do maestro.

Segundo o coordenador, o professor de música da UnB, Ebnézer Nogueira, o repertório foi escolhido a dedo. "Nós decidimos as três apresentações pois elas representam de uma forma linda o estilo da época", diz. Mantendo-se firme a temática, instrumentos modernos não fazem parte do show. A orquestra fará duas apresentações, uma na noite de quinta-feira (25/11), no Auditório da Faculdade de Tecnologia da UnB, e a outra na tarde de sexta (26/11), no teatro Sesi.

O concerto começa com a abertura da ópera La scala di Seta, de Gioachino Rossini. O compositor italiano estreou a peça em 1812 e, apesar de não ser comum nos palcos teatrais, a abertura se mantém viva nas orquestras do mundo todo.

A segunda parte é a do Concerto para clarineta, do compositor e violinista tcheco Johann Stamitz. O músico faz uso de longas melodias e passagens rápidas, realçando assim suas qualidades técnicas e sonoras.

Quem representa Stamitz na orquestra é o solista Ricardo Dourado Freire. Presidente da Associação Brasileira de Clarinetistas, é também professor de clarineta e teoria musical na UnB. O músico assina dezenas de artigos sobre performance musical, música popular, educação musical infantil e outros temas.

Para finalizar, a Sinfonia n.85, La Reine, que faz parte das seis sinfonias chamadas de Parisienses, do compositor austríaco Joseph Haydn. Com uma introdução lenta e caracterizada por notas agudas, a sinfonia é marcada por vários movimentos e variações e cria contrastes marcantes através do uso de vários instrumentos.

Quando questionado qual das três é sua favorita, o coordenador do projeto relutou em optar. "As três são incrivelmente lindas e é difícil escolher só uma, mas para essa apresentação eu escolho a sinfonia de La Reine", admite. "A forma que nós estamos preparando e o fato de não ter um maestro mostra como estamos bem ensaiados e animados para o grande dia", conta.


Serviço
Concertos da Orquestra da Universidade de Brasília
Dia 25 de novembro, às 20h, no Auditório da Faculdade de Tecnologia da UnB (Campus Darcy Ribeiro/Asa Norte); Dia 26 de novembro, às 14h30, no Sesi Taguatinga (QNF 24, Área Especial, Taguatinga Norte). Entrada franca. Classificação livre.

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