Depois de três anos sem passar pela capital, a banda que é o maior tributo ao Queen do mundo volta a Brasília com a turnê The show must go on. Dios salve a la reina, na versão original, ou God save the queen ; para os internacionais ; se apresenta hoje, às 21h30, à beira do Lago Paranoá.
Uma das músicas que compõe o disco Absolute greatest, de 2009, o nome que intitula a turnê é, acima de tudo, um resumo da intenção da banda: manter o legado do quarteto britânico, que modificou os conceitos do rock. ;Além de ser icônica na carreira do Queen, essa canção expressa um lado emotivo do nosso show;, afirma o baixista, Ezequiel Tibaldo.
No palco, os 20 anos de carreira do Queen serão explorados: desde o primeiro disco até os últimos, inclusive aqueles lançados após a morte de Freddie Mercury. ;Tem música para o fãns e os super-hits, que até quem não é entusiasta sabe cantar;, explica Tibaldo.
[SAIBAMAIS]
Quem interpreta Freddie é o vocalista, Pablo Padín, que também assume o piano e cuja semelhança com o falecido cantor é assustadoramente fascinante. Ezequiel Tibaldo incorpora John Deacon no baixo, Matías Albornoz se faz Roger Taylor na bateria, e Francisco Calgaro interpreta Brian May com a réplica perfeita de uma das guitarras mais cobiçadas do mundo: a Red Special.
No repertório estão canções como The fairy feller;s master-stroke, We are the champions, I want to break free, Love of my life, Another one bites the dust, Under pressure e Bohemian rhapsody, cuja parte da ópera será transmitida na versão original, gravada em estúdio pelo Queen. O show também relembra o concerto de Wembley, em 1989, quando Padín veste a emblemática jaqueta amarela de Mercury.
Sobre Brasília, a banda guarda boas recordações da última vez que esteve por aqui. ;Os brasilienses sempre foram muito f;as do Queen, muito roqueiros e efusivos. Sabemos que vai ser muito bom;, afirma o baixista, Tibaldo. Para ele, uma das maiores motivações da banda é a visão que se tem de cima do palco: ;Ver as pessoas enlouquecendo felizes da vida como se o Queen que estivesse tocando na frente delas é uma sensação incrível;.
Uma performance
Não é difícil entender como a banda se consagrou como maior e melhor tributo ao Queen do mundo. Basta assistir a um vídeo na internet para admitir ; sem ;mas; ; que a apresentação no palco é quase uma regressão no tempo.
Para o baixista, Ezequiel Tibaldo, a razão do sucesso está na capacidade que o grupo desenvolveu de transmitir, ao vivo, a essência do Queen, ;a ponto de as pessoas acreditarem estar diante da banda;. A interpretação de Padín também é fundamental: ;Ele se transforma de uma maneira muito natural, sem atuação forçada, tanto na forma de cantar como na presença em cena;, afirma o baixista.
Além da aparência do vocalista, a performance da banda, a cenografia, os trajes, os instrumentos e até a disposição dos integrantes é o conjunto de fatores que confere tamanha semelhança ao Queen. ;Somos super-freaks com os detalhes: desde os pequenos arranjos musicais, até a iluminação, que tentamos fazer igual à que o Queen utilizava;, explica Tibaldo.
Tributo de fãs
Ao contrário do que o nome em inglês e a interpretação das músicas despida de qualquer sotaque podem dizer sobre God save the queen, o maior tributo ao quarteto britânico é argentino.
A banda foi criada em 1998 por jovens da cidade de Rosário, na região central da Argentina. Antes mesmo de se conhecerem, os integrantes já eram fãs do Queen. Na juventude, começaram a fazer música separadamente e, por intermédio de amigos em comum, acabaram se juntando. O que começou como hobbie, foi tomando proporções maiores na medida da resposta do público.
Dios salve a la reina passou dos bares e teatros da cidade natal para Londres, São Paulo e, logo, para outras capitais do mundo com concertos cada vez maiores. Naquela época, eles não pretendiam ; e nem imaginavam ; ser agraciados como o título de melhor tributo ao Queen do mundo, eleito pela revista Rolling Stone. ;Nós mesmos fomos ajudando a criar esse conceito e, com ele, crescemos profissional e musicalmente;, explica o baixista, Ezequiel Tibaldo. Tamanho é o reconhecimento da banda, que até elogios da mãe de Freddie, Jer Bulsara, eles receberam.
Dios salve a la reina
NET Live Brasília (SHTN, Tr. 2, Cj. 5, Lt. A; 3306-2030). Hoje, às 21h30. Ingressos: R$ 80 (pista) e R$ 150 (camarote) referentes à meia do 1; lote; R$ 100 (pista) e R$ 170 (camarote) referentes à meia do 2; lote. Valores sujeitos a alterações. Não recomendado para menores de 18 anos.