<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/11/29/508416/20151127184333430341e.jpg" alt="A imagem de José Yalenti pertence à coleção do Itaú Cultural" /> </p><p class="texto">Foram necessários três anos para Leda Watson conseguir percorrer 12 ateliês de artistas que fizeram a história da arte brasiliense nos anos 1970. Organizar toda a logística para combinar uma série de entrevistas, seleção de obras e coleta de informações históricas com a burocracia das aprovações para captação de recursos, procura de produtores e convencimento de patrocinadores é tarefa quase inglória. Leda não desistiu e, pode-se dizer, conseguiu uma certa glória ao concretizar a exposição 12 ateliês, em cartaz na Caixa Cultural. Com 36 obras de 12 artistas, a gravadora conta a história da arte brasiliense durante a década de 1970 com a intenção confessa de revelar à geração mais nova um passado, segundo ela, desconhecido.<br /><br />A mostra 12 ateliês reúne trabalhos de Milan Dusek, Luiz Costa, Ricardo Stum, Darlan Rosa, Marlene Godoy, Lelo, Toninho de Souza, Betty Bettiol, Omar Franco, Milton Ribeiro, Glênio Bianchetti e da própria curadora. ;Considero essa exposição importante não para mim, mas para a memória da cidade. Os jovens de hoje não sabem o que aconteceu, quem foi quem, e isso é muito ruim. Temos de registrar para que os jovens saibam quem atuou antes deles;, diz Leda, que lembra com alguma nostalgia a agitação no cenário das artes plásticas nos anos 1970. Na época, ela defende, havia uma efervescência nos ateliês e nas galerias. ;Os artistas abriam as portas de seus ateliês, ensinavam. Era um privilégio essas pessoas generosas que se doaram à cidade;, conta.<br /><br />Além das obras, Leda e Newton Scheufler, parceiro na curadoria e na produção, conceberam um vídeo de uma hora com depoimentos dos artistas, entre eles Glênio Bianchetti e Milton Ribeiro, mortos, respectivamente, em 2014 e 2013. São registros históricos que ajudam o público a mergulhar no universo dos artistas. Realizada com o patrocínio de R$ 170 mil da Caixa, a exposição deveria ser o primeiro módulo de um projeto que cobriria ainda as décadas de 1990 e 2000, mas Leda não sabe se terá fôlego e verba para dar sequência à ideia. ;Foi difícil conseguir produtor, fazer o registro das entrevistas, batalhar patrocínio;, conta.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/diversao-e-arte/2015/11/26/interna_diversaoearte,189721/o-advogado-das-palavras.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a>. </p>