;O cinema voltou para mim de uma forma muito legal;. Dita em tom de comemoração, a frase do ator Alexandre Borges ilustra bem o momento da carreira que o paulista de Santos atravessa: foi Carlos Lacerda na cinebiografia Getúlio (2013), de João Jardim; passou pelo lirismo de Guimarães Rosa em Dois amores, de Luiz Henrique Rios; e agora filma casamentos como o Heitor da comédia romântica Bem casados, de Aluízio Abranches, em cartaz na cidade.
;Fazer comédia é uma delícia. As pessoas acham que é fácil, mas é preciso muito suor e ensaio antes do gravando. Não é fácil deixar que a cena pareça natural;, afirma Alexandre, que repete a parceria com Aluízio, já vista no denso Um copo de cólera (1998) e em As três Marias (2002), no qual faz uma participação especial. Para Alexandre estar ao lado do diretor novamente é muito positivo, mas pode virar uma armadilha: ;Encaro como se fosse meu primeiro trabalho com ele porque se não deixar a amizade e a intimidade de fora do set isso pode atrapalhar tudo.;
Apaixonado pelas telonas e cria do teatro desde muito cedo (Alexandre é filho do diretor Tanah Corrêa), foi na televisão que ele alcançou o status de estrela que o acompanha. ;Adoro assistir à tevê e sempre quis fazer novelas. Mas demorou a aparecer convites. Quando fiz a primeira (Guerra sem fim, em 1993), já tinha mais de dez anos de carreira;, conta o ator, que nunca mais parou. Tanto que não é raro que ele possa ser visto em mais de uma produção ao mesmo tempo ; caso, por exemplo, das reprises de Caminho das Índias, na Globo, e de Laços de família, promessa para janeiro no Viva.
;Eu me revejo de vez em quando, mas tomo cuidado para não chegar ao nível de narcisismo. Assisto para ver o resultado, para ter a mesma sensação que as pessoas têm ao ver a novela. Às vezes gosto, às vezes, não, mas sigo em frente porque no dia seguinte tem mais dez cenas para rodar;, comenta.
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