Nos últimos anos, a atriz Camila Morgado tem aparecido cada vez mais em núcleos cômicos em produções televisivas e com papéis de destaque em filmes de comédia. O que surpreende, se o início da carreira de artista nascida em Petrópolis, no Rio de Janeiro, for levada em conta. O primeiro trabalho de Camila na televisão foi como a jovem sonhadora Manuela na minissérie A casa das sete mulheres, em que vivia um par romântico com Thiago Lacerda. No ano seguinte, ela estreou no cinema em Olga, longa sobre a alemã comunista Olga Benário Prestes.
;Como Olga teve uma bilheteria muito grande e a televisão também abre para um público imenso, as pessoas acabaram me vendo como uma atriz que fazia papéis muito densos e intensos. E a gente vai ficando um pouco estigmatizado, com papéis fortes;, lembra Camila Morgado ao Correio.
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A atriz conta que nunca foi sua intenção seguir apenas uma linha de atuação, mas, coincidentemente, isso ocorreu no início da carreira e, agora, vem passando por uma mudança, quando ela se aproxima da comédia. Recentemente, Camila viveu papéis cômicos de destaque como a Noêmia de Avenida Brasil (2012); a Maria Angélica de O rebu (2014); além de suas novas personagens no cinema: Penélope, em Bem casados, e Jane, em Até que a sorte nos separe 3, esse último com estreia nos cinemas no próximo dia 24.
;O caminho foi me levando, não foi algo que eu planejei, aconteceu. Eu sempre quis isso, mas sabia que levava tempo mudar como as pessoas te veem. Acho que o trabalho do ator é exatamente isso, a gente não precisa ser caracterizado por um gênero. Temos que poder fazer todos eles (os gêneros), porque é bom para mim, que eu me exercito, e para o público, que pode te ver de uma outra maneira;, analisa.
Com Penélope, de Bem casados, Camila conta que possui alguns pontos em comuns: ;a faixa etária, eu moro sozinha também, vivo do meu trabalho e sou bastante atrapalhada. Acho que isso a gente tem em comum;. Sua personagem no longa-metragem é uma mulher solteira que revoltada com o fim do seu relacionamento tenta fazer de tudo para estragar o casamento do ex, mas acaba se envolvendo com Heitor, papel de Alexandre Borges, dono de uma empresa produtora de vídeos.
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;Ela é uma heroína às avessas. Quando eu li o roteiro pela primeira vez, eu tive a impressão como se ela fosse uma vilã, mas muito carismática e charmosa. Ela tenta destruir o casamento do ex-namorado. Ela tem essa prioridade na cabeça. Quando ela chega no casamento, a gente começa a mudar um pouco a visão sobre ela. Aí vem a mudança da personagem e o público se identifica. Uma pessoa que mente sim, quem não mente? Ela talvez use de alguns recursos que não sejam os mais corretos, mas ela não tem maldade;, defende a atriz.
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Em Até que a sorte nos separe 3, Camila Morgado volta a dar vida à perua Jane Peixoto, a mulher de Tino (Leandro Hassum). A atriz retorna a terceira sequência após ser incorporada no segundo filme no lugar da atriz Danielle Winits. O último filme da franquia mostra como a família Peixoto ganha dinheiro de novo depois que Tino é atropelado por Tom (Bruno Gissoni), filho do homem mais rico do Brasil. O longa-metragem é a falência final da família e do Brasil, uma crítica clara a situação atual do país. ;Eu gosto desse filme porque a família é excêntrica. É um longa que você pode levar a família e cada um se identifica com uma personagem;, completa.
Parcerias repetidas
Nos dois trabalhos em que Camila Morgado estreou no cinema no fim deste ano, Bem casados e Até que a sorte nos separe 3, a atriz atuou ao lado de antigos parceiros de trabalho: Alexandre Borges e Leandro Hassum. Com Borges, a dobradinha começou em Avenida Brasil, em 2012, quando ela viveu uma das três esposas de Cadinho.
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