De tempos em tempos, o fenômeno conhecido como K-pop aparece, chamando a atenção da mídia ocidental. A música direcionada ao público jovem que tem origem na Coreia do Sul e abriga elementos de hip-hop, dance pop, rock, metal e r&b começou nos anos 1990, com o grupo Seo Taiji & Boys. Desde então, produziu atrações populares como *f(x), SHINee, EXO, 2ne1, Bigbang e, é claro, a sensação mundial Psy. O ano mal começou e o K-pop voltou à cena por meio da banda Bangtan Boys, também conhecida como BTS, que conseguiu um feito inédito para o gênero: o álbum The most beautiful moments in life, pt.2 foi o primeiro de um grupo jovem sul-coreano a permanecer no topo da parada mundial da Billboard por mais de uma semana consecutiva.
O Bangtan Boys, que em coreano significa algo como Garotos à prova de balas, em tradução livre, é um septeto formado em Seul por rapazes entre 18 e 23 anos. Como parece ser a regra entre boy bands não só da Coreia, como de todo o mundo, as origens do grupo não são exatamente orgânicas ou espontâneas. Os rapazes foram recrutados, reunidos, produzidos e lançados pela gravadora Big Hit Entertainment que, em 2010 e 2011, promoveu uma série de audições procurando por jovens talentos para formar um grupo de sucesso.
A empreitada não demorou para dar resultados e o Bangtan Boys ajudou a Big Hit a se posicionar no mesmo patamar de gravadoras como SM ou YG Entertainment, as duas maiores da Coreia, dos sucessos EXO, GOT7, Seventeen e iKON.
Responsáveis pela música Run, considerada uma das melhores do gênero no ano de 2015, os Bangtan Boys, assim como seus contemporâneos coreanos e boy bands ocidentais que vão de New kids on the block a Backstreet boys, usam e abusam de coreografias, caras e bocas e letras do estilo “baby, volte para mim”. A aparente falta de originalidade, no entanto, não parece incomodar os fãs do movimento. Quando o BTS esteve no Brasil ano passado, os fãs começaram a acampar em frente ao Espaço das Américas, local da apresentação, 20 dias antes do show, que aconteceu em 31 de julho.
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