O fechamento recente do Schl;b, bar e restaurante que desde 1990 funcionava na 309 Norte, pegou de surpresa muita gente. O lugar, especializado na culinária alemã, costumava oferecer à clientela shows com bandas de rock e grupos de jazz brasilienses.
A perda de mais um espaço na noite de Brasília para a música ao vivo, juntou-se ; nos dois últimos anos ;, à triste estatística que inclui o tradicional Gate;s Pub e o multifacetado Balaio Café. Isso sem falar em locais que, embora continuem abertos, retiraram do cardápio o canto e os sons dos instrumentos. Entre eles, o bar Tartaruga e o Senhoritas Café, na Asa Norte; e o Vila Madá, no Lago Norte.
Há, porém, os que resistam a problemas de diversas ordens, que vão da crise econômica à alegada rigidez na aplicação da Lei do Silêncio. Para continuar levando arte e entretenimento ao público, esses lugares tiveram que buscar alternativas e se adaptaram à nova realidade.
Talvez a mudança mais radical tenha sido a efetivada por Venceslau Calaf, que, em 2013, trocou o nome e o endereço do seu estabelecimento, no Setor Bancário Sul. ;Os eventos musicais no Calaf sempre ocorreram depois do expediente numa área estritamente comercial. Após frequentes reclamações do síndico do prédio, que foi à Justiça e obteve a proibição de música na casa, tive que deixar o Empire Center. Transferi-me para o edifício vizinho, o João Carlos Saad, e troquei o nome para Outro Calaf;. O bar desenvolve programação de segunda-feira a domingo.
Mauro Calichman, diretor do Grupo Jorge Ferreira, tomou outro tipo de medida, ao enfrentar problema semelhante, no Feitiço Mineiro, onde a música dá o tom de segunda-feira a sábado. ;Para não entrar em conflito com a vizinhança, contratamos uma empresa, homologada pelo Ibram, para fazer o revestimento acústico e adquirimos um decibelímetro para controlar a altura do som na área interna do Feitiço e assim evitarmos aborrecimentos;.
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