Diversão e Arte

Esculturas da australiana Patricia Piccinini chegam a Brasília

Em São Paulo, as obras foram vistas por mais de 262 mil pessoas

Nahima Maciel
postado em 21/01/2016 07:30
Em São Paulo, as obras foram vistas por mais de 262 mil pessoasUma das coisas que preocupam a artista australiana Patricia Piccinini é a dificuldade do homem em lidar com a diferença. Talvez seja essa uma boa reflexão para encarar ComCiência, a exposição de esculturas hiper-realistas em cartaz a partir de hoje no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Visitada em São Paulo por mais de 262 mil pessoas (público maior do que a exposição de Picasso), a mostra tem curadoria de Marcello Dantas e reúne 48 obras que reproduzem seres imaginários, híbridos de formas humanas com outras fictícias, cujos contornos remetem a animais conhecidos.

Há muitas questões implícitas nas sensações de repulsa e atração causadas pelas obras, mas talvez a mais importante seja a reflexão sobre o diálogo da condição humana com o domínio da tecnologia. E as crianças que povoam os trabalhos de Patricia estão lá para facilitar a percepção. Não há nada de didático, a artista avisa, mas há, sim, um desejo explícito de refletir sobre a capacidade de aceitação da diversidade.

Nascida em Serra Leoa em 1965, a artista de 50 anos cresceu na Austrália, de onde veio o também hiper-realista Ron Mueck, cujas esculturas foram vistas por mais de 402 mil pessoas em 2015, em São Paulo. Mas a técnica nem sempre habitou o ateliê de Patricia. Foi no início dos anos 1990 que ela começou a trabalhar com o hiper-realismo escultórico.

;Decidi que não queria me limitar a um meio em particular, porque estou interessada, principalmente, em ideias;, garante a artista, que já trabalhava com fotografia, pintura e desenho. Essas técnicas continuam a fazer parte do universo dela, já que todas as esculturas começam com um desenho, mas foi com as esculturas que o nome da australiana ganhou o mundo.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação