Diversão e Arte

Novos discos trazem outras facetas de Silva e Chay Sued

Capixabas acabam de lançar projetos nos quais rompem com a fase anterior

Rebeca Oliveira
postado em 25/01/2016 07:33

Silva aponta mudança de rumo com o terceiro disco, Júpíter

Quatro anos separam o lançamento do primeiro EP do cantor capixaba Silva do terceiro disco, Júpiter. Foi tempo suficiente para uma completa renovação. No novo álbum, ele foge da curva preestabelecida em Claridão (2012) e Vista pro mar (2014). Nome do maior planeta do sistema solar ; que rege o signo chinês do cantor ; e também da sinfonia n; 41 de Mozart, Júpiter surpreendeu quem esperava das faixas a brincadeira com camadas sonoras e experimentalismos a qual o artista se propôs desde que surgiu na cena indie do Espírito Santo.


Silva iniciou a carreira com um som etéreo, em que a voz ficava em segundo plano. ;Era quase um instrumento nas canções;, explica. Com os anos na estrada e a experiência adquirida, o cantor relata que se sentiu mais confortável no papel de intérprete. Nitidamente mais comercial, Júpiter representa uma renovação na carreira. Apesar de ter o nome de um planeta frio e inabitado, o cantor considera como o álbum mais humano e visceral que produziu. Distante do som etéreo que fazia, o CD tem pegada pop, com composições que, em sua maioria, versam sobre o romantismo.


;Em vez de um disco complexo e experimental, fiz o caminho inverso. O nome, Júpiter, é grande e forte. Quis usar desse contraste: falar de coisas simples e que às vezes são muito grandes, como amor;, resume. ;No começo, até quis fazer algo bem futurista. Fui para o Japão, Estados Unidos, Portugal, vários lugares que não conhecia. Foi uma experiência enriquecedora. Ao mesmo tempo, esse efeito globalização me deixou um pouco entediado. Fui a esses lugares esperando encontrar coisas completamente diferentes e vi pessoas com comportamento muito parecido. As mesmas marcas, o mesmo jeito de se vestir, as mesmas bandas;, comenta.


[SAIBAMAIS]A renovação e a simplicidade na sonoridade, de certa maneira, têm por intenção torná-lo uma artista conhecido além do circuito alternativo. ;Eu já tinha tocado em quase todos os festivais indies do país. Pensei: ou vou ficar para aqui para sempre, neste mesmo lugar, ou tentar uma coisa nova, flertar com um público que não seja de um nicho tão fechado;, relembra. Curiosamente, alega que o som mais limpo, enxuto e comercial lhe rendeu ;mais trabalho; do que um disco rebuscado e que remeta as suas origens na música clássica, e a formação em piano e violino.

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