Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Mais que samba: blocos brasilienses oferecem som de vários estilos musicais

Com eventos como o Carnarock e o novíssimo Bloco do Amor, vai ser possível ouvir rock, brega, jovem guarda e até mesmo músicas românticas dos anos 1980

Além dos já tradicionais blocos de samba, axé, frevo e maracatu, o carnaval brasiliense não deixa de contemplar o público que quer festejar ao som de outros estilos. Com eventos como o Carnarock e o novíssimo Bloco do Amor, vai ser possível ouvir tocar nas ruas o som do rock, do brega, da jovem guarda e até mesmo das músicas românticas dos anos 1980. Criados para contemplar o público cada vez maior que aproveita o período de carnaval sem sair da cidade, os blocos e eventos prometem agradar aos foliões dos mais diversos estilos, idades e classes sociais.

O já tradicional Carnarock levará diversas bandas para a Amsterdam Street (211 Norte), enquanto o Bloco do Amor escolheu a via S2 Norte (atrás da Esplanada). Já o bloquinho Tuthankasmona, também em sua primeira edição, animará o estacionamento do Teatro Nacional com um time de DJs que promete muita música ligada à cultura popular brasileira, principalmente do Norte e Nordeste.

[SAIBAMAIS]Elô Barbosa, conhecida como DJ Pequi, é uma das idealizadoras do Bloco do Amor e, em suas picapes, toca ritmos diversos, tais como samba, carimbó, salsa, merengue e rock. Pequi conta que também farão parte da festa a DJ Tamara Maravilha, a banda Cantigas Boleráveis e André Gonzales, vocalista do Móveis Coloniais de Acaju, que levará sua personagem drag queen para interpretar releituras brasileiras de sucessos internacionais de karaokê. ;Nos ensaios do bloco pudemos perceber um público muito diverso e é isso que queremos, pessoas de todos os tipos convivendo juntas, em paz, com os preconceitos passando longe;, afirma a DJ Pequi. O bloco sairá pela primeira vez este ano.

A via S2 será palco do desfile do novo bloco e a escolha se deu, principalmente, pelo encanto que uma via que abriga universos tão diferentes pode trazer. ;Ela faz um recorte de Brasília, é uma via que envolve todas as realidades da cidade (do underground à cena política) e ainda mostra a arquitetura típica da cidade;, declara. A ideia é poder retratar o lado humano da estigmatizada via S2, cujo símbolo, que parece um coração, ajudou a despertar o nome do bloco.
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