;Vou estar na trama da novela, até ficar bem velhinho;, diverte-se o ator Petrônio Gontijo, ao comentar do enorme sucesso alcançado, na tevê, com Os dez mandamentos. Pela decisão de se produzir uma segunda parte da novela, o personagem dele, Arão, teve final inconclusivo, ao lado do irmão na trama, Moisés (Guilherme Winter). ;Na tevê, terminou naquele impacto entre os dois irmãos. Já o filme, adaptado da novela, oferece um desfecho para o momento, com a entrega dos 10 mandamentos;, explica Gontijo, aliviando quem tinha dúvidas sobre possível mexida nas escrituras, com o alarde público de um ;final inédito; para a encenação da telona.
;A proposta, no cinema, dá conta do recado: está muito bonito. O pessoal da direção e da edição conseguiu resumir bem. Acho que é uma história muito bonita e que está no inconsciente de todo mundo. A trama é de libertação: falamos de escravidão e do que é viver assim. A escravidão se estende por outros leques: da escravidão mental à escravidão conjugal ; e com estes personagens, ajudamos nas discussões;, observa o ator. Para a divulgação do longa, Petrônio esteve rapidamente em Brasília. ;Cheguei a morar em Goiânia, cidade a que volto desde criança. Meus pais são apaixonados pela história e pelos feitos de Juscelino Kubitschek;, comentou, em entrevista ao Correio.
Enquanto, em Os dez mandamentos, Gontijo lida com tumultuado caso de idolatria, ocasionado pela existência da imagem de um bezerro de ouro; nas ruas da capital, o ator, aos 47 anos, sente-se à vontade para admirar monumentais obras de arquitetura. ;Tenho um carinho enorme por Brasília, em grande parte pelas referências de infância na cidade. Tínhamos como praxe, em família, vir a Brasília só para ver as obras do Oscar Niemeyer. Já adulto, cheguei a estrear um espetáculo aqui chamado K2, com o Gabriel Braga Nunes;, relembra.
Formado pela Universidade de Campinas (SP) em artes cênicas, Petrônio Gontijo lembra que estreou em teatro infantil escolar, justo na interpretação do Menino Jesus, aos 2 anos de idade. A inocente experiência contrastou com o ;grande susto; do atual personagem religioso, Arão. ;A Record sempre me deu personagens muito diferentes de mim. Quando abri a sinopse dizia: Aarão é um sujeito embrutecido pela vida, um escravo considerado o melhor de todos;, conta. Arão é o primeiro sacerdote que, mais do que condecorado, se vê ;agraciado; pelo título que o leva à função de liderança. ;Depois que os hebreus atravessam o Mar Vermelho, Arão é designado para começar uma linhagem de pessoas dedicadas ao que, na história, chama-se tabernáculo: uma orientação de Deus na qual seriam captados os escritos Dele;, explica.
[SAIBAMAIS]Num plano longe do sagrado, Petrônio Gontijo diverte-se, entre as historietas ligadas à cidade natal dele, a mineira Varginha. ;Um tempo desses, quando cheguei lá, tinha um ET em tamanho natural, na entrada da cidade. Se não vi extraterrestre, ao menos, tirei foto com estátua ;do rapaz;;, brinca.
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