Irlam Rocha Lima
postado em 10/02/2016 07:30
Historicamente, a gravação de Pelo telefone, de Donga e Mauro Almeida, em 1916, é tida como o marco do surgimento do samba. O nome desse gênero musical brasileiríssimo, originário de "semba", expressão africana, começou ser falado nas reuniões na casa das "tias baianas", entre elas Tia Ciata (que se tornou a mais famosa), nos primórdios do século 20, no Rio de Janeiro.
O centenário do ritmo, que está na base da identidade cultural brasileira, será celebrado com shows, projetos e festivais ao longo de 2016, em todo país. A capital sai na frente com a série O século do samba, idealizada por Luís Filipe de Lima para teatros do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
No CCBB brasiliense, onde estreia, O século do samba abre alas para diferentes vertentes surgidas no seu percurso histórico, ao privilegiar na programação quatro recortes: Samba de breque e outras bossas, Samba novo, Terreiro e carnaval e Partido alto.
[SAIBAMAIS]Jards Macalé e Pedro Luís abrem o projeto com Samba de breque e outras bossas na sexta-feira, às 21h. "Essa é uma vertente do samba com a qual tenho total identificação. Durante vários anos fiz um show com o genial Moreira da Silva, inclusive no Projeto Pixinguinha, que apresentamos em Brasília. Depois participei de outro projeto, ao lado do grande Pedro Luís, com quem estou de volta no CCBB", diz Jards. Os dois vão reviver clássicos como Acertei no milhar, Na subida do morro, Amigo urso, Olha o Padilha, e Tire os óculos e recolhe o homem, parceria de Macalé com o Kid Morengueira.
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