Renata Rios
postado em 22/02/2016 10:08
A música eletrônica é um gênero que nem sempre recebe uma boa aceitação social, mas o projeto criado por Thaisa Sabino promete mudar esse estereótipo. Focado em economia colaborativa e com o objetivo de promover uma transformação social por meio da música ; eletrônica sim! ; o Bem Meb (Música Eletrônica Brasileira que faz Bem) começou em 2014 e já se destaca na ajuda a comunidades de Brasília e do Pará. ;Tudo que fazemos é graças à economia colaborativa. O Bem Meb só existe porque as pessoas querem colaborar com roupas, alimentos, livros, arte, ou com o que puderem contribuir;, explica a idealizadora.
[SAIBAMAIS]Um dos grandes problemas que o projeto ainda enfrenta é o preconceito. ;É muito difícil mudar a cabeça das pessoas. Para muitos, as festas com música eletrônica são regadas a drogas. Luto muito para transformar essa imagem;, pontua a DJ. Segundo ela, uma das formas de evitar que isso seja um problema nos eventos do projeto é fazer as festas durante o dia.
;Fazemos campanhas contra as drogas, incentivamos que as pessoas participem doando o que puderem e curtindo a música;, ela afirma. Para quem vai ao evento, o show é comandado por artistas voluntários: ;Nossos DJs costumam comprar camisetas do projeto, produzidas no Sol Nascente, além de contribuir, eles não recebem pela apresentação.;
Outra atração que merece destaque são os workshops realizados tanto nas festas em comunidades como a do Sol Nascente e a do Por do Sol. ;Temos vários, mas os principais são os voltados para quem quer aprender a ser DJ e quem deseja trabalhar com produção de música eletrônica. Levamos, ainda, outros tipos de workshops, como de meditação, de slake line e de danças circulares;, conta.
Origem do projeto
O Bem Meb começou em 2014, mas a vontade de ajudar que Thaisa vem de mais cedo. Em 2004, a até então servidora pública, formada em publicidade e propaganda e com pós-graduação em marketing, se arriscou e mudou os horizontes. ;Fiquei entre ir para a França ou para a Índia, mas acabou surgindo uma oportunidade de emprego na Índia e aproveitei;, relembra.
Quando chegou ao país, onde morou dois anos, ela teve dificuldades de se adaptar e acabou não ficando no emprego. "É um país com muitos contrastes, acabei passando muito tempo como voluntária, tocando;, ela conta. Em pouco tempo, já era uma DJ conhecida na Índia e tocava por todo o país, sendo convidada para tocar em diversos eventos.
Serviço
Quem quiser ajudar, basta entrar em contato com o projeto pelo telefone 8271-6206.