Nos últimos oito anos, somente uma cisão: foi quando o longa 12 anos de escravidão não confirmou, no Oscar, as vitórias definidas por prévias dos sindicatos de produtores e dos diretores norte-americanos. Seguindo a lógica dessas associações, natural seria que A grande aposta se consagrasse melhor filme e Alejandro G. Iñárritu levasse o crédito de melhor diretor, por O regresso.
[SAIBAMAIS]Mas o humor atípico de A grande aposta, na verdade, pouco combina com o Oscar, que, em 2016, parece descarrilhado na bolsa de apostas mais tradicionais. Na disputa da estatueta de melhor filme, faltam protagonistas femininas (são apenas duas) e mais, os astros estão em jornadas solitárias, além de fitas relevantes se apoiarem num mix de coadjuvantes, protagonizadas mais por temas do que por pessoas.
Num cenário abrangente, estabelecido por disputa em 24 categorias, com 121 blocos de concorrentes (há categorias que englobam múltiplos profissionais), o foco do Brasil recai sobre dois nomes: o diretor Alê Abreu e a animação que ele assinou ; O menino e o mundo. Disputando com o estrondoso sucesso DivertidaMente, Abreu traz honrosas credenciais: venceu o referencial festival francês de Annecy, além de ter conquistado, em Los Angeles, premiação no Annie Awards, tido como a melhor animação no mundo produzida de modo independente. A torcida brasileira é grande, mas sites e jornais que cobrem a agitação de Hollywood não incluem O menino e o mundo entre os favoritos.
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