Quando O menino e o mundo for anunciado hoje à noite, no Teatro Dolby, entre os indicados para o Oscar de Melhor Animação, a obra do diretor paulista Alê Abreu dará continuidade a uma história de 71 anos de brasileiros indicados ao prêmio máximo da Acadêmia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Desde que Ary Barroso, um dos compositores brasileiros mais celebrados, foi indicado, em 1945, ao Oscar de Melhor Composição por Rio de Janeiro, parte da trilha sonora do filme Brazil, a indústria cinematográfica brasileira passou por grandes transformações e evoluções, tendo figurado em indicações da Academia por quase duas dezenas de vezes, sem nunca ter levado para casa a premiação.
[SAIBAMAIS]Para tentar fazer história, O menino e o mundo terá como competidores o japonês As memórias de Marnie, do estúdio Ghibli; o britânico Shaun, o carneiro, da dupla Mark Burton e Richard Starzak; e os mais cotados Anomalisa, do renomado diretor Charlie Kaufman, que fez sua estreia em animações; e a superprodução Divertida mente, assinada por Pete Docter. Direto de Los Angeles, o diretor Alê Abreu falou ao Correio que, independentemente de levar ou não a estatueta para casa, já considera realizada a trajetória da animação.
;Nós já ganhamos! E estamos aqui pra celebrar nossa vitória, que é este ;Menino; na maior festa da indústria de cinema. Um filme realizado como arte e sem qualquer pensamento de mercado encontrar o reconhecimento de uma indústria tão forte. Se vier o Oscar, melhor;, comemorou.
Além da indicação ao Oscar, O menino e o mundo já foi premiado pelo Annie Award, como melhor longa produzido de forma independente, além de ter vencido, em 2014, o Festival de Annecy (França) e o Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, nas categorias Melhor Filme de Animação e Melhor Filme Infantil.
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