Irlam Rocha Lima
postado em 02/03/2016 16:04
Há 20 anos, o rock brasileiro perdeu o Mamonas Assassinas, banda que, com apenas um ano de vida, conquistou uma legião de fãs por todo o país, vendeu 2,5 milhões de cópias do único disco lançado e emplacou hits como Vira vira, Chopis Centis, Sabão Crá Crá, Robocop gay e, claro, Pelados em Santos.
O último show da curta existência do grupo formado por Dinho, Bento Hiroto, Júlio Rasec, Samuel e Sérgio Reoli foi em Brasília, em 2 de março de 1996.
[SAIBAMAIS]A apresentação reuniu 4,5 mil pessoas no Estádio Mané Garrincha, teve início às 18h e levou o público ao delírio, principalmente quando o vocalista Dinho, se despiu da camiseta que usava, desceu do palco e foi para o meio da plateia, sendo assediado, abraçado e beijado pelas fãs mais afoitas.
A alegria vivida pelos admiradores brasilienses durante uma hora e meia, no estádio, se transformou numa imensa tristeza o fim da noite, após o desastre ocorrido com o Lear Jet que conduzia a banda, ao cair na Serra da Mantiqueira, na volta a São Paulo.
O acidente ceifou a vida daqueles jovens músicos, ídolos de milhares de brasileiros, que se preparavam para uma turnê pela Europa, em sua primeira viagem internacional. Até hoje a irreverência dos Mamonas, é revereenciada por quem guarda na memória versos como: "Mina, seu cabeloi é da hora/ Seu corpão violão/ Meu docinho de coco/ Tá me deixando louco/ Minha Brasília Amarela/ Tá de portas abertas/ Pra gente se amar/ Peladios em Santos..."