<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/03/06/520643/20160304182055509000o.jpg" alt="Imagens de Rubi no palco, ao lado de Elza Soares: interpretação marcante da canção Benedita, escrita por Celso Sim" /> </p><p class="texto"><em>Nascido em Goiânia e criado em Taguatinga, o músico e ator Wilton Alves de França, conhecido como Rubi, divide palco com Elza Soares na turnê do elogiadíssimo show A mulher do fim do mundo, na música Benedita, que trata das dificuldades do cotidiano enfrentadas por uma mulher forte. Ao Correio, Elza, eleita em 2000 como a ;Melhor cantora do milênio;, não economiza elogios ao parceiro de palco: ;Trabalhar com Rubi é maravilhoso, sensacional. Tenho um carinho muito grande pelo Rubi artista e pela pessoa que ele é. Ele é um escândalo de bom;. O show ainda não tem data para chegar a Brasília, mas a expectativa aumenta a cada boa crítica que recebe. Além de Rubi, uma nata de instrumentistas paulistanos acompanha Elza. A direção-geral é de Guilherme Kastrup e conta com um total de 15 artistas. Confira a conversa com Rubi:</em><br /><br /><strong>Em Taguatinga</strong><br />Nasci em Goiânia, mas cheguei a Brasília com meus pais com apenas 1 ano e meio de idade. Passei toda a infância e a adolescência em Taguatinga, mudança que abriu minha mente e foi nesse período que participei de um grupo de jovens da Igreja católica: lá tive contato com a música e o violão. Mas não esqueço que, quando criança, participei de uma colônia de férias e tive oportunidade de assistir a um espetáculo na Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional. Fiquei encantado... E minha vontade desde então era me tornar um ator.<br /><br /><strong>Seminário </strong><br />Entrei no Seminário Católico no começo da década de 1980. Cheguei a passar um ano na Zona da Mata de Pernambuco e um ano em Recife. A fase em que fiquei no interior me marcou muito. As questões latifundiárias eram muito fortes no Nordeste e eu era parte do núcleo da Igreja da ordem Carmelitas, onde fazíamos um verdadeiro trabalho de campo. Apesar de ter um perfil mais recluso, o seminário me abriu portas para vivenciar a arte. Lá eu apresentava peças diversas, experiência que me garantiu uma amplitude de atuação. Abrir mão do mundo eclesiástico foi muito difícil em um primeiro momento, mas vi que a questão espiritual exige um trabalho mais interno. A arte tem uma capacidade de abrir a mente e os horizontes, e na vida espiritual é preciso se fechar. Comecei a pensar muito sobre isso e vi que era hora de voltar para casa.<br /><br /><strong>Retorno a Brasília</strong><br />Quando cheguei a Brasília, mergulhei profundamente na área cultural da minha cidade, que estava ali para ser redescoberta. Comecei a frequentar lugares que não frequentava antes e conhecer muitas pessoas ligadas ao universo teatral que se tornaram grandes amigas. Comecei a assistir a peças no Teatro da Praça, em Taguatinga Centro, ir a bares com música ao vivo e muitos shows. Um dos lugares que me abraçou foi o antigo Teatro Rola Pedra, que ficava na entrada da cidade. Era um espaço de veia alternativa e muito importante, não apenas para Taguatinga, mas para a capital inteira (o poeta e escritor Paulo Kauim está finalizando um livro que conta a história desse espaço tão importante, por onde passaram nomes como o dramaturgo Plínio Marcos, a escritora Rose Marie Muraro, além dos gigantes do rock brasiliense Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude).</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=199090=da_impresso=da_impresso_130686904244">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui</a>. </p>