E lá se vão 20 anos desde Ruy Castro proclamou, nas linhas de Um filme é para sempre: ;Jerry Lewis? Pronuncie esse nome hoje e os fãs de Jim Carrey nem devem saber de quem se trata;. Seja como for, independentemente de méritos artísticos ; extensos e reconhecidos até mesmo pelo genial Jean-Luc Godard ;, Jerry Lewis, que hoje chega aos 90 anos, inscreveu o nome na história. Filantropo, em 2009, no Oscar, foi reconhecido com o prêmio humanitário Jean Hersholt, entregue pelo colega Eddie Murphy, dada a obra sistemática junto ao Teleton que alavancou a construção do primeiro Centro de Pesquisa da Distrofia Muscular nos Estados Unidos.
;Ele é uma figura única no cinema americano;, assinalou o crítico Francis Vogner dos Reis, um dos curadores da mostra Jerry Lewis; O rei da comédia, exibida ano passado em Brasília. Analisado, Lewis se presta a uma figura infantilizada e ingênua, que verte abstração em filmes clássicos como O professor aloprado (1963), inspirado na literatura de O médico e o monstro, além mais de ter tomado parte em outros 70 filmes. Até hoje, Lewis segue ativo, como comprova o ainda inédito The trust, um thriller criminal britânico estrelado por Nicolas Cage e Elijah Wood. No filme anterior, Até que a sorte nos separe 2, ele contracenou com Leandro Hassum.
Dado a extremos, na carreira, Lewis integrou Um sonho americano (1992), premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim, e favoreceu um show de interpretação (sob direção de Martin Scorsese) em O rei da comédia (1983). Mas, em 1985, por exemplo, foi candidato ao Framboesa de Ouro de pior ator, por Trapalhões do futuro.
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