Celebrar livros e os apaixonados por eles, além de criar um espaço para exposição e divulgação do trabalho dos autores e editoras independentes do Distrito Federal. Esses são os objetivos básicos da Outra margem, feira de literatura que terá sua primeira edição no próximo dia 20 de março, no Ernesto café.
A ideia do projeto é se tornar um evento periódico na cidade, sempre no mesmo quintal, servindo como plataforma entre público e autor. Giordano Bonfim, livreiro e produtor cultural do Ernesto destaca que a criação da feira possibilita a valorização de pequenos produtores da cidade, além de promover a cultura. Sem deixar, é claro, de aquecer os dias literários com muitos cafés especiais. Os lançamentos ficarão por conta do livro Róbi, da Isca editora; coleção de postais Aqui tem feiras, do Aqui em Bsb e edição 5 da revista Traços.
Vale lembrar que eventos literários como a Outra margem têm a capacidade de movimentar a engrenagem de selos, editoras e iniciativas independentes no mercado de livros de Brasília. Essa movimentação, além de aquecer a iniciativa local, pode ainda reverberar em outros estados, já que nomes como A bolha (selo literário do Rio de Janeiro) e a Lote 42 (de São Paulo), também estarão presentes. Daniel Cariello, cronista, jornalista e um dos cinco autores que criaram o selo brasiliense Longe, afirma que existem grandes feiras independentes em outros estados e é importante que Brasília se insira nesse meio. ;Há dezenas de bons escritores por aqui que só precisam de um pouco mais de visibilidade.
Há escritores independentes que já vivem de seus livros, não é mais necessário se associar a uma grande editora;, declara. O cronista acredita que as pequenas editoras são fundamentais para os escritores atuais, já que trazem ao país obras que não encontrariam oportunidade de lançamento e fazem circular ideias novas e ousadas, sem medo de assumir riscos. Naiara Leão, jornalista e uma das criadoras da Isca editora, vai lançar o livro Róbi no evento e acredita que a maior dificuldade do escritor seja justamente a etapa de vendas e por isso as feiras literárias se tornam tão importantes. ;Essas iniciativas colocam autores em contato com produtores e com o público. Cria-se a oportunidade de formar uma rede, aprender com a experiência de quem está trilhando o mesmo caminho;, afirma.
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