Diversão e Arte

Grafiteira e artista plástica brasiliense Ju Borgê colore e alegra a cidade

A brasiliense se dedica ao grafite há cerca de 12 anos

postado em 17/03/2016 07:30
A brasiliense se dedica ao grafite há cerca de 12 anos
A rua da cidade pertence ao povo e, entre as linhas de Oscar Niemeyer e o duro concreto, grafiteiros de Brasília se reapropriam dos muros, tornando-os telas para um universo simbólico rico e único. Entre os artistas da cidade está Ju Borgê, que traz ao público formas e cores vivas em obras marcantes.

Graduada pela Universidade de Brasília (UnB) no curso de artes plásticas, a brasiliense se dedica ao grafite há cerca de 12 anos e, com muito esforço, conquistou espaço em um meio predominantemente masculino. A jovem de 28 anos tem um traço simples e delicado, construindo com destreza imagens que constituem o estilo ;neofofista;. O termo, aplicado a Borgê pela primeira vez nos tempos de faculdade, é perfeito para descrever o trabalho da artista.

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;Eu posso classificar o neofofismo como a minha maneira de retratar esse universo figurativo que eu crio, desenvolvo e que me vejo nele. A gente vive num mundo muito caótico e eu tenho essa busca eterna de todo dia levantar e, mediante a todos os problemas e barbaridades, enxergar algo melhor, alguma saída e reconhecer as coisas boas que estão no meu redor. Pegar esse sentimento de angústia e tristeza de lado e seguir em frente;, explica a grafiteira.

Para Borgê, a relação com o espectador é única e necessária. ;É o um universo que é imaginário, ele está dentro da minha mente. Mas nada impede que o público possa entrar nele a partir desses desenhos que eu faço nos muros, nos cadernos e assim por diante. É uma tentativa de ressignificar o que eu vivo e de tentar trazer algo mais, algo que acrescente;, conta.

Mesmo ao falar sobre o neofofismo, ela se recusa a estabelecer os limites da obra. Para ela, a arte é a liberdade poética, de sensação e de opinião e, por isso, nos seus grafites e ilustrações ela explora tudo aquilo que toca a sua sensibilidade sem se preocupar necessariamente com o significado por trás. É no diálogo com o outro que ela desenvolve uma interpretação mais firme do que é produzido.

Segundo a artista, estar na rua é essencial para esse processo. ;É algo muito importante no meu trabalho, principalmente por essa relação com quem está na rua. Quando estou grafitando, tem pessoas que me questionam, me perguntam porque eu estou ali no domingo de manhã sem ninguém estar me pagando, outras param e me parabenizam. E todo esse retorno é importante para mim;, afirma.

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