Diversão e Arte

Rapper Strickys fala sobre sua afinidade com Brasília

A carreira musical de Strikys começou quando ele tinha 15 anos de idade e passou a integrar a Body in flames, banda de rap e rock na qual é vocalista até hoje

Renata Rios
postado em 21/03/2016 07:00

O rapper Strickys canta a periferia de modo otimista no primeiro CD solo da carreira

Bruno Viana dos Santos Araújo, 30 anos, é bancário no Banco do Brasil. Mas além da rotina burocrática, ele encaixa em sua agenda a vida de rapper, na qual é conhecido por Strikys. A história dele poderia ser diferente se, aos 15 anos, não tivesse conhecido o estilo musical que o encantou. ;A música transforma. Um menino que se interessa por música, acaba mudando o foco e pode sair da vida de crimes, por exemplo. Falo isso porque aconteceu comigo. Coisas que poderiam não ser interessantes para mim deixaram de acontecer por causa dessa influência;, explica o rapper. O nome artístico veio do personagem Sonic, ;me encontrei pelo meu ritmo acelerado. Gosto de fazer as coisas rápido;.

A carreira musical de Strikys começou quando ele tinha 15 anos de idade e passou a integrar a Body in flames, banda de rap e rock na qual é vocalista até hoje. ;Cresci em Ceilândia, onde montei a banda. Morei lá minha vida inteira. Mesmo hoje, que estou no Recanto das Emas, ainda passo o tempo todo na cidade onde fui criado;, explica o artista. Ceilândia aparece também nas composições dele, que falam de pontos característicos, como a Feira de Ceilândia.

;Ano passado alguns amigos me incentivaram a fazer trabalhos solo. Segui o conselho e estou preparando o CD Testando reações, previsto para ser lançado até o fim de 2016;, relata. Aliado ao seu produtor e com o DJ Jean C, Strikys está montando um material diferenciado. ;É um CD áudio visual. Para cada música, lanço um clipe e em cada faixa eu convido um artista do DF para participar;, detalha. Ele ainda explica que essa é uma maneira de dar espaço para artistas que tem pouca visibilidade: ;Serão cerca de 13 faixas e 13 participações;.

Até agora, várias cidades da capital já tiveram artistas convidados para o trabalho, como Planaltina, Gama, Ceilândia, Taguatinga. ;A ideia desse trabalho é testar as reações do público com a música, como o nome já indica. Convido pessoas com estilos diferentes. Tento me adaptar a esses estilos, sem perder minhas características e minha identidade;, pondera.
Já o tema das músicas é variado, mas busca retratar a periferia de forma otimista: ;Falo do cotidiano. As músicas falam da rua, da quebrada. Tem também as que falam de evolução mental, paz interior e amor. É um rap com mais gírias, que fala do dia-a-dia;, diz.

Strikys convoca
1; edição

Sábado, das 14h às 21h, na Praça do cidadão, em Ceilândia. Apresentações de artistas como Strikys, Zumbi do norte, Maneco, Félix NV, Sobreviventes da rua, D.N.A Rap e Movni, além dos DJs Janna, Thiago, Kaster e Jean C.

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