Na dianteira de um cinema contemporâneo, a diretora Daniella Cronemberger semeia um cinema politizado, como o curta-metragem Em defesa da família, fita que representará Brasília no Short Film Corner, vitrine de mercado e espaço de filmes que não integram mostra competitiva no Festival de Cannes, em maio.
[SAIBAMAIS]Diante das ameaças de retrocessos em direitos conquistados, o filme combate discursos homofóbicos instalados no Congresso Nacional, como os pleitos da Frente Parlamentar em Defesa da Família. A produção foi feita por meio de participação voluntária da diretora e do produtor Getsemane Silva, coautor do roteiro. Além disso, os recursos arrecadados para a realização do curta, R$ 38 mil, vieram de financiamento coletivo.
;O filme é uma tentativa sutil de diálogo ; não com o homofóbico extremista. Mas com espectadores que mantêm preconceitos por ignorância ou por falta de convivência com a diferença. Acho que um exemplo de amor (como o mostrado entre Marília e Vanessa, casadas há 13 anos) pode ser muito mais educativo do que qualquer discurso;, assinala Daniella Cronemberger.
O produtor Getsemane Silva sublinha a participação do voluntariado como contribuição para amenizar a ;onda ruim que se criou nas minorias;, no avanço de forças conservadoras. ;A equipe toda se animou, e acho que os espectadores também estarão tocados e serão reenergizados;, defende.
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